sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Aidan - quando ainda não é a hora certa

Eu, como milhares e zilhares de outras bonitonas, adoro Sex and the City.

De muitas e muitas cenas muito marcantes, e a par da teoria do Mr. Big, que já expliquei nesse blog, para mim, a mais inesquecível de todas é a cena em que a Carrie e o Aidan terminam.

Não sei se todas vocês sequer se lembram do Aidan, mas a Carrie namorou com ele um tempo significativo, morou com ele, ficou noiva de aliança e tudo.
Tudo que o Mr. Big tinha de errado, o Aidan tinha de certo, mas, simplesmente, ele não era "o" cara. Era um namorado quase que tapa-buraco, fofo, gentil, presente, mas nada arrebatador. Quer dizer, o Aidan era arrebatado pela Carrie, mas ela, bem, ela estava ali, de corpo e sem alma.
Coincidência ou não, Aidan é uma palavra formada com as mesmas letras de "ainda"...
Eu só notei isso ao começar a escrever este post, quando o corretor ortográfico insistiu em me avisar que eu estava digitando errado. Graças a esse pequeno e indesejado aparato tecnológico, que vive me avisando sobre erros que não cometi, fiz uma ligação e pensei: Aidan é o cara que está sempre "ainda" com você. É aquele namorado que as pessoas não entendem muito bem o que está fazendo na sua vida, e te perguntam:
- Vocês ainda estão juntos?
Inveja à parte, das pessoas que fazem esse tipo de pergunta torcendo por uma fofoca fresca (você sabia que a bonitona e o fulano terminaram???), é o cara que você até queria que fosse seu princípe encantado, porque muitas vezes ele é o princípe completo, só que...não dá liga, não esquenta, não te passa aquela segurança absoluta que (eu imagino) seja necessária para decidir casar.
Triste, nessa história, é ser o Aidan. É se dar conta de que você simplesmente, não será a pessoa certa, nem na noite mais perfeita, nem nunca.
A cena abaixo eu peguei no youtube. Já disse que sou uma anta tecnológica, mas é uma cena linda. Como não dá pra editar, e como não tem legenda, eu fiz uma tradução do trecho que acho mais significativo.
Pra quem não entende inglês, eu vou resumir:
Eles estão saindo de uma festa perfeita, e ela está maravilhosa em seu vestido (de noiva, cá entre nós), quando o Aidan propõe: vamos nos casar esta noite? Vamos fugir pra Vegas, eu ainda tenho horas de smoking alugado, você está linda e ninguém precisa saber...
Na paixão do Aidan, é a proposta perfeita para qualquer mulher, quem poderia resistir?
A Carrie entra em pânico, só diz que precisa de mais tempo, que "não está pronta para casar", que "quer só morar junto" e algumas outras coisas que todas nós já ouvimos em outros filmes, em casos de amigas, enfim...Ela diz que está se sentindo pressionada...
Ele contraargumenta que tavez ela precise ser pressionada para decidir, mas a verdade, é que esse tipo de pressão, para mim, não existe. Decidir se casar por pressão é um erro.
O Aidan percebe, de repente, então, o que se passa:
- Se você não está pronta para se casar comigo hoje, não estará nunca.
AINDA bem que a Carrie é forte, bem resolvida e, por mais que tenha sofrido, chegou ao extremo para perceber o quão longe aquela história já tinha ido. E ponto final.
Dá pena do Aidan, mas eu, no lugar dele, preferiria ter descoberto também, do mesmo jeito, para procurar alguém que seja apaixonada com ele, do jeito que ele merece. Não há certeza, nem garantias.
Ainda assim, sem nada que me assegure um amor pleno na próxima esquina, eu preferiria o risco de uma vida à procura, do que a certeza de uma escolha errada.


quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Porque metade de mim é amor...

Videozinho encontrado no youtube. Poema do Oswaldo Montenegro, vídeo de Mandy.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O Bloco das Encalhadas


Bonitonas do meu coração,
o carnaval está ai e, querem saber, conheço poucas datas tão tipicamente das encalhadas como essa.
De todo o calendário festivo anual, essa é a nossa deixa, o nosso momento. E o que é melhor, dura quase cinco dias!

O carnaval é nossa festa típica, nosso momento de glória, da mais pura alegria. Quem mais, além de uma bonitona encalhada, pode se esbaldar na avenida? Quem irá discordar do fato de que o Carnaval de Salvador é feito para as solteiras? Quem nunca ouviu falar que pular carnaval não é programa de quem tem namorado?

Então, as desencalhadas que se enclausurem nos sítios, porque essa é a nossa hora!
Se você fica deprê no Natal, com aquele clima todo Ho!Ho!Ho!, se se sente (esse se se se não tá bom, né?, mas enfim, deixemos o estilo literário para lá) a banana podre do cacho no dia dos namorados, fica sem perspectivas diante das fatídicas resoluções de ano novo...chegou a sua vez de ir à forra, de tirar a barriga da miséria, de se jogar!
Enquanto as não encalhadas cuidam de seus maridos (riso contido de sarcasmo, com o cantinho da boca), encalhada que é encalhada arrasa na balada!

E quem é que vai negar, que o que mais se vê no carnaval, esteja você onde estiver, são blocos de encalhadas, enaltecendo a melhor ocasião do ano para estar assim: livre, leve (ops, pode estar até gorducha, como é meu caso) e solta!?
Um minuto de silêncio pelas bonitonas desencalhadas.


*****


Agora, às dicas.
Se você é encalhada-namorada, valendo-se da abertura que esse tipo de encalhamento ainda permite, carnaval é a melhor oportunidade do mundo pra fazer uma chantagenzinha emocional básica e arriscar um: "amooor, as meninas estão todas indo pra xxxx" (substitua xxx, obviamente, para um lugar muito legal que suas amigas solteiras estejam indo). "Queria tanto ir também!"

No mínimo, seu namorado vai te arrumar um programa à altura. Ou animar uma turma de amigos para ir pro mesmo lugar, o que é ótimo, e você ainda vira uma espécie de anjo das encalhadas mais encalhadas que você, já que a equação turminha de amigos + turminha de amigas sempre costuma resultar em algum saldo positivo.

Agora, se seu bonitão falar: "Pode ir", vá, mas providencie o pé na bunda (dele) antes, para você pelo menos começar a curar o fim do namoro na folia. Bem folienta mesmo.

Conheço casos de bonitonas que, depois de um providencial término-momesco, receberam propostas desesperadas de casamento! É a sua chance!

Se você é encalhada-desencanada, aconselho: aproveite.

Carnaval tem todo ano, mas ninguém sabe do ano que está por vir e esse pode (sempre há esperanças) ser seu último carnaval totalmente a paisana, portanto o que é que tem baixar, pelo menos um pouco, a guarda e as exigências?

Beba um pouquinho a mais (pouquinho!), ache mais graça na vida, sorria mais, cante, dance, diminua uns dois dedos no cumprimento dos shortinhos e arrisque!

CONHEÇO DUAS BONITONAS ENCALHADAS QUE CONHECERAM SEUS FUTUROS MARIDOS NO CARNAVAL, NO MEIO DA MULTIDÃO!!! Assim, despretensiosamente, arriscaram e estão ai, felizes e acompanhadas até hoje.

Uma dica que já usei e que funciona demais, se você quer baixar a guarda e estiver em uma turma de encalhadas muito bem resolvidas é: portem-se como um bloco.

Crie uma identidade visual para todas, uma mini-fantasia, por exemplo, shortinho jeans, blusinha branca e laço vermelho na cabeça, e ande em bando (uniforme para todos os dias). Você vai se destacar e começar a ouvir comentários, gracinhas (típicas de homem besta) e ai, pode responder SE e PARA QUEM quiser.

Pretensiosamente, eu, certa vez (acho que tinha 14 anos!!!), combinei com minhas amigas e todas íamos para o carnaval maquiadas de gatinha (olho puxadinho, nariz com bolinha preta e três risquinhos em cada bochecha). Claro que, para fazer isso, a gente tem que ser bonitona, pelo menos bonitinha, senão, corremos o risco de os comentários serem depreciativos. Mas o que interessa é que todos os bonitões (solteiros) arriscavam um comentário, e ai, era só corresponder (ou não) conforme nos interessasse.
No segundo dia, já ouvíamos:

- Olha, as gatinhas chegaram!
(O que é sempre bom pro ego, né?)

Outra coisa interessante desse tipo de "Bloco" é que os homens parecem se sentir mais livres para fazerem a abordagem para alvos não determinados, e aí, as bonitonas podem selecionar o que cada uma quer. Enfim, é só uma sugestão.

Aliás, se alguma bonitona tiver mais sugestões sobre este tema, a hora é agora!

No mais, não interessa de que tribo você é, o que conta é o clima.

Para terminar, um hit que vários cantores estão apontando como a música que vai bombar no Carnaval de Salvador esse ano, e que é praticamente um hino da virada pras bonitonas encalhadas, pra gente se inspirar! E pirar um pouquinho também, que a gente mereeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeece!





Eu estava numa vida de horror
Com a cabeça baixa sem ninguém me dar valor
Andava atrás (tchururu)
da minha paz (tchururu)

Agora que mudou a situação
Choveu na minha horta
vai sobrar na plantação

Deixei pra trás (tchururu),
pois tanto faz (tchururu)

(Refrão)
Eu quero mais é beijar na boca
Eu quero mais é beijar na boca (eu quero mais)
Eu quero mais é beijar na boca
E ser feliz daqui pra frente... pra sempre (2x)

Já me livrei daquela vida tão vulgar
Me vacinei de tudo que podia me pegar
Corri atrás (tchururu)
Quem tenta faz (tchururu)

Eu ando muito a fim de experimentar
Meter o pé na jaca sem ter que me preocupar
Eu quero mais, mais, mais, mais...

Resposta do desafio

É, bonitonas, quem matou de cara a charada foi a Lu Menininha, que viu logo a fitinha no tornozelo! E acho que a dela é amarela também, né?

Agora, despreocupei geral...se a CD tem, posso ostentar a minha por ai... coisa de gente surfista descolada. De resto, nós duas também temos blog. E acho que as semelhanças terminam por aí.

Salvo conduto.

Bjo

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Eu e Carolina Dieckmann


Bonitonas, passeando pelo EGO, achei a foto e resolvi criar esse post.


Agora, respondam: O que eu é Carolina Dieckmann temos em comum? Hein, hein?

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Desafio da Noiva

Bonitonas.

O meu atual drama pessoal: Laura versus Balança Má é de conhecimento geral. Agora, olha a sutileza do destino, sempre me presenteando com os mais diversos temas.
Mais preocupada com o bonitona que com o encalhada, lá fui eu espiar o site da Boa Forma desse mês. Como toda leitora de Boa Forma sabe, eles sempre lançam uns desafios, pra gente se autoconvencer a ficar em forma. Considerando que estamos em fevereiro, e que a capa é a Ivete Sangalo, logo deduzi que seria um desafio express pra queimar todas as gorduras antes do carnaval. Seria lógico pensar assim, não seria?
Pois bem, qual não foi minha surpresa ao me deparar com o "Desafio da Noiva". Fala sério, não basta a pessoa estar fora do peso, ainda tem que conviver com esse tipo de coisa? Ora, o lugar certo de desafio de noivas é em revista de NOIVAS. No máximo no GNT (vide Três Noivas Gordas e um Vestido Magro). Juro que dei uma desmotivada.
Maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas, como ne tudo está perdido, pensei: quem sabe se eu fizer o tal do desafio, eu não convenço o namorado mais rápido?
Confiram lá: www.boaforma.com.br
Bjos

Só para conhecimento

Enfim, depois de uma semana de poucas calorias, o vestido fechou. Dizer que fechou tranquilamente seria exagerado, mas fechando, e mantendo-se fechado durante toda a festa, está de bom tamanho, nada a reclamar.

E o que é melhor, como meu traje ainda estava bastante apertado na altura do estômago, conteve bem meu furor de atacar tudo o que passava a meu lado.

Agora, o que me causou certa indignação foi a hora do buquê. Vocês acreditam que, a par de todas as amigas da noiva estarem concentradas na primeirissima fila, ela lançou o buquê no meio da multidão frenética que se acotovelava? Juro. Nunca vi noiva mais honesta na vida. Deixou de fato o destino agir. Pelo menos meu nome estava costurado na barra da saia. É um alívio.
Quanto ao buquê, pior foi o fato de ter sido pego por uma infante, que nem deve ter 18 anos. Agora, só me resta torcer pra que a menina seja bastante precoce e se case logo, logo.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Uma encalhada gorda e um vestido magro

Eu já estava antevendo que tinha engordado, mas, assim, como acontece com toda notícia ruim, minha primeira atitude foi negar. Semana passada, tive uma reunião com um cliente antigo, e ele soltou:
- E você, parou mesmo de fazer ginástica?
(Frase automaticamente entendida como "nossa, que engordada, hein?")
- É, parei. Mas engordei tanto assim?
-Nãaaaaaaaaao, não é que você engordou tanto...É SÓ QUE EU JÁ TE VI MAIS MAGRA.
Se isso não fosse um alerta, nada mais seria. Domingo, bem naquele momento triste em que toca a primeira musiquinha do Fantástico, decidi encarar os fatos, me olhei no espelho e assumi: é, a situação está mesmo feia. Quer dizer, feia, nem tanto, mas gorda...
Lembrando do próximo compromisso casamenteiro, a realizar-se amanhã, resolvi experimentar o vestido que pretendia usar. Olha, sinceramente, não sei descrever o que aconteceu.
O vestido é um tomara que caia longo que, quando foi adquirido, há uns míseros 5 meses, estava perfeito. Ele só é justo no busto, e bem solto no resto, como gostam de dizer, faz um gênero linha império. Se alguém me contasse, eu não acreditaria, mas juro que engordei tanto, mas tanto, que o vestido quase não fechou. Tive que chamar meu pai pra ajudar. Ele, não satisfeito de ter me designado "a bonitona encalhada", ainda soltou: ué, Laura, tá querendo participar daquele programa das noivas gordas (Pra quem não sabe essa história, é o primeiro post desse blog)?
Engordei nas costas. Aliás, encorpei geral, incluindo as costas. Agora você pensa, se a pessoa está gorda nas costas, imagina a bunda. Porque assim, todo mundo tem uma escala engordativa. O corpo vai engordando sucessivamente em cada parte. A minha, no caso, é a seguinte:
1º - bunda
2º - bunda
3º - culote
4º -coxa
5º - barriga
6º - mais um pouco na barriga
e, agora, surpreendentemente e ineditamente, contrariando todas as experiências baleísticas prévias:
7º - costas
Pois bem. Desesperada e semi-descontrolada, dada a proximidade do casamento e o "detalhe" de eu ser MADRINHA e de não ter OUTRA ROUPA DE MADRINHA disponível e nem recursos financeiros para adquirir (e nem vontade de entrar em loja de gestantes e/ou gordinhas), decidi começar uma dieta líquida.
Segunda-feira, foi até tranquilo.
Terça comecei a sentir tonturas. Nem estava conseguindo pensar. O pior é que minha mãe, toda bonitinha nas tentativas de me ajudar, toda vez que eu falava que estava com fome, soltava: bebe água. Gente! Nem que eu fosse um caminhão pipa poderia armazenar tanta água. Falei: mãe, não é sede, é fome. Impaciente, comi um polenguinho light e fui dormir pra ver se a sensação passava.
Na quarta, inseri iogurte e um hamburguer de peru na alimentação.
Na quinta, desisti dos líquidos e fiz tipo um dia de dieta normal. Acabei comendo um bem-casado que eu tinha ganho de outro amigo que me chamou pra ser madrinha também (temporada 2009 de casórios está fervendo)...
Hoje, estou tentando me conter. Ainda não experimentei a meleca do vestido, mas estou prevendo que vai ser difícil. E o pior dessas coisas de realmente ver que você está gorda, é que o seu olhar sobre você mesma acaba mudando de um modo geral. De repente, parece que minhas celulites resolveram ficar mais saltitantes, ou será que elas já estavam assim e eu é que estava me protegendo de enxergá-las, numa atitude de clássico auto-engano. Sabe, assim como em "o pior cego é o que não quer ver"?
Pior de tudo é saber que, com esse sobrepeso todo, fico sem condições de competitividade para brigar pelo buquê. Não dá pra saltar, alongar, correr, assim, ainda mais de longo e de salto. Se ainda fosse uma competição tipo sumô, talvez eu tivesse alguma chance. Mas não. Fato é que ainda tenho 24 horas. Se eu fizer jejum talvez consiga perder algum peso até lá. Por outro lado, sempre existe o risco de eu estar tão fraca que posso desmaiar antes do arremesso, ou ainda que acordada, não ter forças para levantar os braços.
Aguardem as novidades.
Beijos.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Traição

Um assunto muito complicado é traição.

Eu estava conversando sobre isso com minhas amigas outro dia.
Os casos são os mais inusitados. Uma amiga comentando que, depois de casada, começou a ser muito mais assediada. Outra conta da amiga que está se separando, após três anos de casada, porque não resistiu às investidas de um colega de trabalho. Outra que namorou 12 anos e, seis meses antes de se casar, arrumou um amante e, agora, casada, se divide entre os dois. Outra que foi fazer tratamento pra engravidar e começou a ter um caso com o dentista. Umas coisas que eu achava que só aconteciam em filme.

Como no imaginário popular: padeiros, leiteiros, carteiros, ginecologistas, dentistas... enfim, homens, né?

E eles estão por toda parte. Como nós, mulheres, também estamos. Pessoas. E o que é que faz atermos nosso carinho/amor/atenção e respeito a apenas uma pessoa entre tantas. Principalmente eles, entre tantas mulheres, lindas, sorridentes, magras, doces, selvagens, popozudas, siliconadas, oferecidas, recatadas, enfim, de todo jeito formas e cores? Não sei. Mas acho que começa pelo respeito e pela regra básica de não fazermos com os outros o que não queríamos que fizessem com a gente.

Não sei se todo mundo que lê este humilde blog já viu "Closer", com o Jude Law, Natalie Portman, Julia Roberts (sempre bonitona encalhada!) e o Clive Owen, mas o fato é que, naquela mistureba de chifres cruzados, quando o Jude Law vai contar que traiu a Natalie Portman com a Júlia Roberts, ela pergunta como isso aconteceu.
Ele dá de ombros.
Ela fica brava e diz (não exatamente com essas palavras, mas o espírito é esse): há sempre um momento em que você decide trair. Num determinado contexto, você decide ir em frente ou parar de alimentar uma situação que você sabe onde vai dar. Por isso, toda traição é uma escolha. E, como toda escolha, tem consequências.
Alguém discorda?
A traição, eu penso, só acontece quando você dá uma brecha. Não estou falando sobre ser traída, caso em que, realmente, você não tem nenhuma (às vezes tem, mas o foco do texto não é esse). Estou falando sobre ser o agente ativo da traição. Sobre trair.
Trair é uma escolha, sempre. A pessoa não te respeita o suficiente, não te deseja o suficiente, não te quer, sei lá, mil razões. Pode até ser para se autoafirmar perante um grupo qualquer, o que, para mim, significa ser fraco e idiota, mas, enfim, não "acontece". Ninguém trai no susto. Tipo: ops! o que esse moço está fazendo com a língua dentro da minha boca? A traição é antecedida pelo desejo.
Até que a traição se consume e te consuma, você deu todas as brechas: permitiu a aproximação, o assédio, a intimidade. E isso pode acontecer numa noite, num encontro, numa troca de emails. Num jeito de rir. Vai saber...
De certa forma, toda traição é premeditada.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Cenas favoritas

Bonitonas, desculpem-me a péssima qualidade do filme, mas eu nunca vou esquecer a expresão dessa velhinha, na hora em que ela vê a piscina de spaghetti...


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Sra. Courbaril

Outro dia, estava conversando com umas conhecidas, umas noivas, outras não, e ouvi a seguinte frase:


- ...mas antes de saber quem ia ser o noivo eu já sonhava com o meu vestido de casamento!


Achei inusitado. Antes de saber quem seria o noivo, ela já sabia como seria o vestido. Logo, o noivo não faz diferença, mas o vestido? Faz toda a diferença.


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Eu adoro novela. Sempre gostei. Só que, de uns tempos prá cá, tenho ficado menos disponível para esse tipo de entretenimento. Antes da estréia da nova novela das oito, estava completamente sem paciência para ela. Esse negócio dos indianos, aquela latomia de música na minha cabeça, nada me agradava. Sem computar o fato de ser praticamente uma versão de O Clone...


Só que, um dia assisti um pouquinho, no outro dia outro pouquinho, e acabei assistindo. E gostando. Agora indico: melhor programa de humor da TV brasileira.


Ver o Tony Ramos e o Caio Blat, saracoteantes no meio da sala de jantar da família indiana que eles representam como se fosse a coisa mais banal do mundo: não tem preço. E ai, quando eu estava achando que nenhuma informação teria maiores proporções para este blog, já que o desencalhamento de Jade, ops!, Maya é iminente (e só a pobre e sofrida Duda permaneceria bonitona encalhada), eis que Glória Perez me presenteia com uma novidade das Índias.


Ao ler o mapa astral de Jade, ops!, Maya, o guru brâmane mais engraçado do Brasil, descobre que ela é amaldiçoada para o amor e que, por isso, está fadada a tornar infeliz seu futuro marido. Só que ele logo dá a solução:


- Vamos casá-la com uma árvore. - disse isso com a cara mais séria do mundo, e ai citou vários exemplos de parentes casados com cães, colinas, lagos...um primor.


Enxuguei as lágrimas após a crise de riso que me acometeu e pensei:


- Gente! Se eu soubesse que isso era uma possibilidade...eu já podia ter desencalhado!


Não demorou muito pra eu me lembrar da noiva que não importava com quem fosse o noivo e começar a criar, na minha mente meio inventiva, as opções matrimoniais para todas as bonitonas realmente encalhadas e que, como eu, realmente gostariam de um casamento com todos os opcionais.

Como tudo que é moda na novela das oito pega, ainda mais se a Juliana Paes faz, já começo a vislumbrar...

Imagina, você casada com um jatobá. Se fosse o do "Rei do Gado" (era jatobá mesmo?), hein, hein? Afoita e, porque não dizer, empolgada, pesquisei na internet. O nome científico do jatobá:
Hymenaea courbaril. Imagina o glamour: Senhora Courbaril? Parece nome da Madame. Madame Courbaril...quase uma Madame Bovary!
Muitas vantagens tem esse negócio de casar com árvore.
Pra começar, não tem sogra. Olha, a minha sogra não é um problema, mas via de regra as sogras são m problema (ou vários), a minha sogra é que foge à regra...
Em segundo lugar, você não teria convidados que não fossem os seus, e os seus convidados compreenderiam que seu sonho de casar é tipo aquele lema "fazer o bem sem olhar a quem"...
Além disso, não deve ser tão dificil convencer uma árvore a se casar com você, não é mesmo?
Ou seja: se o casamento for um fim em si próprio, a ponto de você saber o vestido ainda que não haja sequer marido em tese, seus problemas se acabaram-se.

E o filão? Bonitonas, em tempo de crise, vou abrir uma agência matrimonial de árvores.

Crio mudinhas desde a mais tenra época, garantindo a alimentação cem por cento orgânica, um marido saudável...

É claro que já se pode antever as espécies mais procuradas: eu, por exemplo, certamente preferiria um carvalho que uma aroeira (espécies com nome feminino, estão predestinadas ao encalhamento). Fato: até as árvores podem ser bonitonas encalhadas... Além disso, árvores frutíferas devem ser mais valorizadas, já que elas poderão prover a alimentação da esposa.

Aqui, em Belo Horizonte, cada criança que é registrada nos cartórios ganha uma árvore em um dos parques da cidade. Só agora me dei conta de quão progressista é essa iniciativa. Olha só o prefeito cuidando do meio ambiente e garantindo o desencalhamento das futuras bonitonas com uma simples mudinha!

Enfim, para as que pensam no vestido independente do marido, acho que podem começar a considerar os coqueiros, pinheiros e outras variáveis.

Para as que buscam um grande amor, ou, pelo menos, desencalhar de um jeito mais convencional, quem sabe Glória Perez não providencia uma nova sugestão? Ou, quem sabe ainda, na próxima novela das oito?

PS: Na novela das sete, o Xande (alguém avisa que está de doer a interpretação do moço?) quer porque quer fazer a Suzana casar com ele sequestrando-a e mantendo-a em cativeiro. Por mais desesperada e encalhada que vc esteja, é meu dever não recomendar esse tipo de tentativa. Blog também é não violência!


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Permissões

Eu dou às pessoas o direito de discordar do que eu penso. Do que eu falo. Do que eu escrevo.


Podem discordar até do que eu sinto (por mais sem sentido que seja discordar do sentir dos outros, que não pede opinião pra ninguém).



Eu dou às pessoas o direito de me criticarem, deixo os comentários sem moderação. Podem me xingar, me chamar de feia, achar que sou pretensiosa ao me intitular bonitona. Tudo isso, como diria a nutricionista do Zorra Total, tudo isso poooode.



Qualquer um pode achar que eu sou doida, pirada, maluca, ansiosa, extremista, agitada. Podem achar que sou brava, que pressiono, que exponho demais.



A única coisa que eu não deixo é rir dos meus sonhos. Isso não dá. Rir comigo é diferente de rir de mim. Debochar do que eu desejo e das minhas tentativa de concretizar. Sabe, os sonhos não vem em formulários de múltipla escolha. Cada um sonha o que quiser, se você queria ser cantora e é farmacêutica, se queria ser atriz e é advogada, se queria ser jogadora de futebol e é médica, que mal tem? Qual o problema de você sonhar? Atrapalha alguém? Te faz pior?
Todo mundo acha tranquilo falar "cada um com seus problemas"e eu só peço que seja tranquilo cada um com seus sonhos também.
A culpa pode até ser minha. Sempre preferi rir de mim mesma, sabendo que de nada adiantaria chorar demais. Sempre expus as coisas do jeito mais leve, pra não inundar as vidas das pessoas que me cercam com meus problemas, e me tornar, eu mesma, um problema pros outros.
Quando alguém ri de mim, na minha frente, como se eu fosse uma piada muito engraçada, eu choro. Por que percebo que errei a mão e fiz tudo leve, mesmo as coisas que não são tranquilas pra mim. Permiti que os outros rissem do que me incomoda. Vejo que não estou sendo levada a sério. Não estou sendo entendida, sequer cogitada.
Acontece de as pessoas acharem que eu estou o tempo todo brincando, mas o meu bom humor só ameniza o que dói de verdade. Chorar não resolve. Mas rir de mim, também não ajuda em nada.

Tecnologias atrasadas

Agora que voltei à minha personalidade original, a vida parece voltar a fluir mais leve. Admito que andei um pouco psicopata, mas quem não tem seus dias de surto?
Falando em surto, tive chá de panela semana passada e pre-ci-so desabafar.
Concordo que tecnologias são ótimas, deixam tudo mais profissional e glamouroso, mas não tenho
palavras para descrever o quanto minha TPM foi elevada à décima nona potência quando o vídeo que gravamos, com todo amor, carinho e cuidado, simplesmente não passou no telão, porque não tinha o cabo certo.
Olha, eu não sou uma especialista em assuntos informáticos - só domino com certa habilidade os três controles da sala de TV: televisor, dvd e tv a cabo, ao contrário da minha mãe que toda vez que quer ver um vídeo pega os três e começa a gritar socorro.
Na verdade, minha mãe é um perigo, porque quando ela cisma de se resolver sozinha com qualquer tecnologia, quase desprogramou a televisão inteira. Sabe aquelas pessoas que não sabem que botão apertaram e começam a apertar todos os outros, até que a imagem da TV vira aqueles chuviscos barulhentos? Justamente.
Fato é que o filminho estava na memória da câmera, e o noivo entregou uma caixa (juro, uma caixa grande) com uns 10 cabos, dizendo que o cabo certo estava lá. Como o dia estav muito corrido, muito calor, e eu tinha que encher, pessoalmente (Deus abençõe o inventor da bombinha) 200 balões, e coordenar todo o restante, me descuidei desse detalhe.
Assumo minha parcela de culpa, que calculo em 10%. Porém, os 90% restantes eu divido entre o noivo (afinal, se os homens tivessem somente uma utilidade, ela seria ajjudar nos assuntos domésticos, veiculares e tecnológicos) e a fabricante da câmera.
Custa todas as fabricantes se reunirem e combinar: todos os cabinhos vão ter o mesmo furinho na entrada e na saída. Pensem comigo, bonitonas, imaginem se cada tomada tivesse um formato diferente? Imaginem se cada televisor tivesse um cabo de entrada específico do aparelho? Não.
Os fabricantes de televisores e de tomadas tem o bom senso (ou alguma imposição do Inmetro, talvez) de fazer uma coisa padronizada, bonitinha e, sobretudo, prática.
Já os fabricantes de celulares (e agora, descobri também, de câmeras)... me revolta estar sem bateria, num recinto com mais de 10 pessoas, e cada uma ter um tipo diferente de carregador (obviamente, NENHUM compatível com o meu modelo). O mesmo vale pra filmadora: mais de 10 cabos e nenhum apto a enfiar no buraquinho da máquina. É uma afronta!
Esses povo devia se inspirar em Deus que, dando pequenos ajustes na anatomia pessoal de cada um, fez seus casais mais ou menos adequados: todos os machos de uma espécie servem para todas as fêmeas da mesma espécie. O exemplo divino é tão lógico. Era só pegar e adaptar: todos buraquinhos da espécie filmadora (de qualquer marca, cor, religião ou raça) deveria poder receber todos os pininhos da espécie cabos para televisor. Tão simples!!!
Agora, vocês tem que imaginar a minha situação: a pessoa de TPM, inchada, acorda as oito da manhã, vai ao centro comprar balão e coisas decorativas, vai na savassi buscar copos que alugou, vai ao supermercado, acha as coisas caras, vai ao segundo supermercado, descobre que o primeiro era mais barato, volta ao primeiro supermercado, compra algumas coisas, tem a idéia de ir ao sacolão, chega lá, descobre que está tudo no mesmo preço do primeiro supermercado, compra o resto das coisas no sacolão mesmo, sem almoçar, passa na lanchonete em que encomendou os salgadinhos, acha que os salgadinhos encomendados não vão dar, chega no local da festa, arruma as mesas, arruma as bebidas, enche balão, organiza as comidas, enche balão, assiste o vídeo fofo na filmadora enquanto enche mais balões, surta quando vê as convidadas chegando e ela ainda está enchendo os últimos balões, corre, toma um banho rápido, vai pegar o cabo da filmadora, descobre (depois de testar um a um) que nenhum dos 20 cabos de filmadora que estavam na caixa servem para a filmadora em questão,pede pra mãe da noiva encomendar mais salgadinhos, tenta baixar o vídeo no notebook, para gravar um dvd, descobre que o notebook não reconhece a filmadora sem um programa específico (e misterioso), o chá rolando lá embaixo, a bonitona, desesperada, pega o carro, pega a irmã da noiva, vai até a casa da noiva, onde o computador reconhece a meleca da câmera, chega na casa da noiva e...a bateria da filmadora acaba, o carregador da filmadora ficou na casa onde está se realizando o chá, ainda de TPM (TPM, vocês sabem, não passa), vai para o chá e decide fazer as perguntas do velho jeito: lendo.
E, se querem saber, foi lindo do mesmo jeito.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

TPM

Tensão Pré Menstrual:

Tendência Para Matar
Tristeza Próxima e Marcante
Tudo Parece Mudar
Todos Parecem Massantes
Torço Para Menstruar

E voltar ao que era antes!!!!
(nem eu tô me aguentando)

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Negociando com o Senhor do Bonfim

Eu não sei de vocês, mas eu tenho o péssimo hábito de negociar com Deus ou com qualquer outro santo com o qual eu esteja de algum modo comprometida.
É mais ou menos assim: eu faço uma promessa, num momento de absoluto desespero, apelando mesmo. Começo a cumprir, bonitinhamente, ou melhor, bonitonamente, e os dias começam a se passar. Se eu consigo a graça almejada, começo a pensar: "Ó, céus, porque fui prometer uma coisa tão difícil de cumprir"...
Se não alcanço, penso: "Ai, que meleca, porque é que eu fui prometer uma coisa tão difícil, sendo que nem adiantou"... Ai, quando ou vendo que está muito difícil de cumprir, começo a negociar...
Chocolate e refrigerantessâo clássicos. Sempre prometo: vou ficar um ano sem beber refrigerante...ai, vem o primeiro aniversário, eu corro pro banheiro e fico lá, no meu bate-papo mental com a entidade sacra:
- Então, já tem, três meses que eu não como chocolate...o moço me ligou, é verdade, mas nem era lá essas coisas...se eu soubesse antes, tinha ficado em casa só com o chocolate mesmo...me proporciona muito mais prazer que aquele mequetrefe...
Na minha loucura pessoal (atire a primeira pedra quem nunca dá uma surtadinha!!!), eu, justa, imagino Deus contra-argumentando:
-Ah, não, Laura..Vc tá tentando me passar pra trás...DE NOVO!!!
- Mas Deus, você podia perdoar, né? Porque, na sua onisciência, você SABE que a promessa foi desproporcional, e na sua onipresença, você viu como aquele menino não valia o sacrifício...
E o meu Deus, Santo Antônio ou Virgem Maria, sempre super compreensivos:
- Tá bem, tá bem...
E eu com vergonha da minha fraqueza:
- Então, vamos só mudar um pouquinho, eu fico sem comer chocolate durante um ano nos dias úteis!
Depois dessa conversa com o Deus que habita em mim, no melhor estilo namastê de ser e viver em harmonia com o cosmos, vou correndo ver se ainda tem um pouquinho da torta de chocolate...
Agora, com o senhor do Bonfim, quase a mesma coisa está acontecendo, mas eu não sei o que poderia dar em troca dessa fitinha feiosa amarrada na canela... Alguma sugestão?

Fitinha cortada

Após ouvir o conselho de diversos experts no assunto, cortei as pontas da fitinha. Só as pontasque ficavam balançando pro lado de fora da sandália.

Tomara que isso não inverta as tendências positivas que vêm se mostrando em minha vida...

Amém.