quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Personalidade: a gente nasce com ela, ou vai adquirindo com o tempo?

Eu sempre tive dúvida se a gente nascia com uma personalidade, ou se ia se moldando ao longo da vida. Hoje, acho que um pouquinho de cada. A gente nasce com tendências e vai mudando (ou confirmando) aos poucos...

Mexendo nos guardados de minha mãe, encontrei minhas "avaliações" feitas pelas minhas professoras de maternal. Pra quem não sabe, nasci em dezembro de 81, então as avaliações foram feitas quando eu tinha entre dois e três anos. Agora "prestenção" na pessoa:



- Fala muito. Gosta de cantar e falar poesias. Ela adora contar novidades!!!

- Ultimamente, tem conseguido se trocar sozinha e fica muito animada por isso. Ai, que dóoooooo!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Selinho da Veja!

Gente! Ganhei o selinho da Veja!!!

EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!!!!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O caso do vestido

Quando entrei no colégio onde estudei dos 5 aos 18 anos, fiz aniversário e minha mãe me deixou convidar duas amigas. Escolhi a Cacá e a Isabel.

O tempo se passou. Tivemos fases muito próximas e muito distantes, mas é certo que hoje, 23 anos depois, com toda certeza, daria um jeito de minha mãe ampliar essa lista, porque tenho outras amigas imprescindíveis, mas a Cacá e a Isabel, continuam sendo minhas "amigas de janela", amigas que, independentemente de quanto o bonde já tenha andado, sempre terão a cadeira cativa na janelinha...


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Quando decidi casar, foi meio às pressas, porque o marido passou num mestrado fora e ficamos naquele dilema básico: casamos ou terminamos, tinha pressa. Já era abril e, em princípio a mudança estava prevista pra julho. O casamento tinha que ser logo.

E logo começamos os preparativos. Comecei, então, a sonhar voando, enquanto saia visitando buffets, espaços de festas, marcava curso de noivos, olhava vestidos.

Acreditem ou não, me virei em 5, sem parar de trabalhar (em horário integral, em faltar nem um diazinho sequer) e, dois meses depois, estava entrando na igreja. Dois meses e oito dias, contados desde o noivado, que calhou de ser em 1o de abril.

O curto tempo foi ótimo para uma pessoa ansiosa (como eu) que quer tudo para anteontem. Por um lado, eu queria que tudo fosse à altura do meu sonho. Inclusive o vestido.

Eu, que sou uma pessoa que gosta bastante de se expressar por escrito, já disse mais de uma vez aqui neste blog que as atitudes, assim como alguns olhares, valem mais que mil palavras. E foi quando a Cacá, uma amiga das melhores, sobre quem já falei aqui no blog e cujo casamento foi um dos que sonhei mais intensamente, simplesmente porque ela aceitou dividir o sonho comigo, me ofereceu o vestido dela para casar.

Como todas vocês devem saber, o vestido do casamento não é assim, uma camiseta branca. É o vestido do casamento. E emprestar um vestido de casamento, é um presente. Dos grandes.

Some-se a isso o fato de a Cacá ter sido uma das noivas mais lindas que eu já vi, porque ela é a lindeza em pessoa. Fiquei sem palavras (o que é raro).

E tentada. Não havia nem começado a procurar quando decidi ir dar uma olhadinha. Pensei: "experimentar não ofende" e lá fui. O vestido fechou, como se fosse meu. Não precisava dar bainha, não precisava apertar, não precisava...NADA. Estava certinho, limpinho, e era um vestido de conto de fadas. Aliás, era um sapatinho de cristal, em forma de vestido. E a Cacá, que já era madrinha eleita, fez as vezes de fada madrinha, para transformar minha abóbora em carruagem.

E olha que eu já tinha pego o buquê dela, no casamento!!!


Confesso que algumas pessoas resistiram à ideia de eu me casar com o vestido dela ("mas vocês são tão amigas! As pessoas vão notar!", "mas um vestido EMPRESTADO?", foram algumas coisas que ouvi), e eu mesma achei que devia experimentar outros modelos. Busquei referências, fui em várias lojas bacanas, mas nada chegava nem perto. Porque eu já tinha achado o vestido perfeito e era tão perfeito, que ficava até dificil acreditar.

E ai, resolvi deixar de bobagem, e aceitar o maior presente que eu estava ganhando ali: um gesto que vale muito mais que todas as palavras que estou escrevendo hoje, ganhei a autorização e a possibilidade de ser uma noiva realmente linda, como minha amiga havia sido.

Porque o vestido que eu usei não teve preço, como não têm preço as coisas que realmente importam na vida.

E hoje, que é o aniversário da Cacá, eu estou emprestando o que tenho de mais precioso para dar os parabéns.

Cacá, receba minhas palavras, meu carinho, minha gratidão e o meu blog que, hoje, e sempre que vc quiser, será TODO seu!


Com muito amor,

sua amiga de janela e da vida inteira,

Laura




PS: A minha viagem com o marido está atrasada, mas vai sair...vou contando!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Alice

Atire a primeira pedra a bonitona, encalhada ou não, que nunca pensou no nome que quer dar aos filhos.


A gente pode até não querer os filhos agora, mas cogitar nomes é um exercício tipicamente feminino. Afinal, desde as primeiras brincadeiras de casinha, de Barbie ou de escolinha, os nomes diferentes, que nos dão acesso irrestrito ao mundo mágico do faz-de-conta, são uma questão. A gente muda de nomes.


Conheço pessoas que, desde os 7 anos, têm essa convicção: "minha filha vai chamar não sei como".


Ai, os anos passam, o ex-namorado arruma uma nova namorada com o nome que seria da filha, ou a bonitona conhece uma pessoa chatíssima com o tal nome, e lá vai ter que pensar em outro pra chamar de seu (filho/filha, no caso). Mas também há muita gente que escolhe os nomes quando criança e mantém a decisão.


Tem gente que busca inspiração em filmes. Está ai Sandy Leah (sim, você não leu errado, a SandyJunior chama Sandy Leah, por causa do filme Grease) que não me deixa mentir.


Outras pessoas (ok, confesso, tenho um pouco de preconceito) buscam inspiração em novela. Eu mesma, quando assistia Pantanal na infância, tive algumas filhas "Juma Marruá" nas brincadeiras... Também gostava muito de Natasha (é vaaaaaaamp) e nutri uma simpatia por Duda (que era a Gabriela Duarte em Top Model).


Há nomes de moda, que eu não entendo de onde surgem e pra onde vão, mas alguém me explica o surto de Marias Eduardas e Joões Pedros em Belo Horizonte?


Deixando a antiguidade de lado, de uns tempos pra cá, eu, que nunca tinha pensado seriamente nisso, cismei com um nome. Alice. Alice é o nome que seria da minha irmã, mas mudou por um caso que depois eu conto. Alice é o nome que a minha irmã sempre falou que ia ser da filha dela (além de Joana e Ester), mas que eu já pedi autorização para roubar, e ela concedeu (desde que seja madrinha, óbvio). Alice também era o nome da minha bisavó.


Alice é feminino.

Alice é curtinho.

Alice é forte.

Alice é no começo da chamada (sim, eu trago a lembrança de estar sempre no meio, e de ter pena de Vanessas e Verônicas).

Alice é lindo.


E eu não conheço muitas Alices, mas as que conheço são muito legais (Alice Mânica, adoro seus comentários, viu?).


E fico buscando referências.


A Alice no Pais das Maravilhas está virando filme do Tim Burton. E tenho certeza que, como tudo do Tim Burton, vai ser MOITO bacana. Nunca li o livro (o que é uma vergonha), mas o trailer do filme.... já é bastante inspirador.


Ai, numa dessas coincidências que eu prefiro acreditar que sejam sinais, recebi dia desses um email lindo, que me fez querer, se um dia eu tiver uma filha, ter uma Alice. E se tiver duas, uma Maria.


PARA MARIA DA GRAÇA
Paulo Mendes Campos

Agora que chegaste a idade avançada de 15 anos, Maria da Graça, eu te dou este livro: Alice no País das Maravilhas.
Este livro é doido, Maria. Isto é: o sentido dele está em ti.

Escuta: se não descobrires um sentido na loucura acabarás louca. Aprende, pois, logo de saída para a grande vida, a ler esse livro como um simples manual do sentido evidente de todas as coisas, inclusive as loucas. Aprende isso a teu modo, pois te dou umas poucas chaves entre milhares que abrem as portas da realidade.
A realidade, Maria, é louca.
Nem o Papa, ninguém no mundo, pode responder sem pestanejar à pergunta que Alice faz à gatinha: "Fala verdade, Dinah, já comeste um morcego?".
Não te espantes se o mundo amanhecer irreconhecível. Para melhor ou pior, isso acontece muitas vezes por ano. "Quem sou eu no mundo?". Essa indagação perplexa é o lugar comum de cada história de gente. Quantas vezes mais decifrares essa charada, tão estranha em ti mesma como os teus ossos, mais forte ficarás. Não importa qual seja a resposta; o importante é dar ou inventar uma resposta. Ainda que seja mentira.
A sozinhez (esquece essa palavra que eu inventei agora sem querer) é inevitável. Foi o que Alice falou no fundo do poço: "Estou tão cansada de estar aqui sozinha" o importante é que ela conseguiu sair de lá, abrindo a porta. A porta do poço. Só as criaturas humanas (nem mesmo os grandes macacos e os cães amestrados) conseguem abrir uma porta bem fechada, e vice-versa, isto é, fechar uma porta bem aberta.
Somos todos tão bobos. Praticamos uma ação trivial, e temos a presunção petulante de esperar dela grandes conseqüências. Quando Alice comeu o bolo, e não cresceu de tamanho, ficou no maior dos espantos. Apesar de ser isso o que acontece, geralmente, às pessoas que comem bolo.
Maria, há uma sabedoria social ou de bolso; nem toda sabedoria tem de ser grave.
A gente vive errando em relação ao próximo e o jeito é pedir desculpas sete vezes por dia: "Oh, I beg your pardon" pois viver é falar de corda em casa de enforcado. Por isso te digo, para a tua sabedoria de bolso: se gostas de gato, experimenta o ponto de vista do rato. Foi o que o rato perguntou à Alice: "Gostarias de gatos se fosses eu?".
Os homens vivem apostando corrida, Maria. Nos escritórios, nos negócios, na política nacional e internacional, nos clubes, nos bares, nas artes, na literatura, até amigos, até irmãos, até marido e mulher, até namorados, todos vivem apostando corrida. São competições tão confusas, tão cheias de truques, tão desnecessárias, tão fingindo o que não é, tão ridículas muitas vezes, por caminhos tão escondidos, que, quando os atletas chegam exaustos a um ponto, costumam perguntar: "A corrida terminou? Mas quem ganhou?" É bobice, Maria da Graça, disputar uma corrida se a gente não irá saber quem venceu. Se tiveres de ir a algum lugar, não te preocupe a vaidade fatigante de ser a primeira a chegar. Se chegares sempre aonde quiseres, ganhaste.
Disse o ratinho: "Minha história é triste!" Ouvirás isso milhares de vezes. Como ouvirás a terrível variante: "Minha vida daria um romance". Ora, como todas as vidas vividas até o fim são longas e tristes, e como todas as vidas dariam um romance, pois, um romance é só um jeito de contar uma vida, foge, polida, mas energicamente, dos homens e das mulheres que suspiram e dizem: "Minha vida daria um romance!". Sobretudo dos homens. Uns chatos irremediáveis, Maria.
Os milagres sempre acontecem na vida de cada um e na vida de todos. Mas, ao contrário do que se pensa, os melhores e mais fundos milagres não acontecem de repente, mas devagar, muito devagar. Quero dizer o seguinte: a palavra depressão cairá de moda mais cedo ou mais tarde. Como talvez seja mais tarde, prepara-te para a visita do monstro, e não te desespere ao triste pensamento de Alice: "Devo estar diminuindo de novo". Em algum lugar há cogumelos que nos fazem crescer novamente.
E escuta esta parábola perfeita: Alice tinha diminuído tanto de tamanho que tomou um camundongo por um hipopótamo. Isso acontece muito. Mariazinha. Mas não sejamos ingênuos, pois o contrário também acontece. E é um outro escritor inglês que nos fala mais ou menos assim: o camundongo que expulsamos ontem passou a ser um terrível rinoceronte. É isso mesmo. A alma da gente é uma máquina complicada que produz durante a vida uma quantidade de camundongos que parecem hipopótamos e de rinocerontes que parecem camundongos. O jeito é rir no caso da primeira confusão e ficar bem disposto para enfrentar o rinoceronte que entrou nos nossos domínios disfarçados de camundongos. E como tomar o pequeno por grande e o grande por pequeno é sempre muito cômico, nunca devemos perder o humor.
Toda pessoa deve ter três caixas para guardar o humor: uma caixa grande para humor mais ou menos barato que a gente gasta na rua com os outros; uma caixa média para o humor que a gente precisa ter quando está sozinho, para perdoares a ti mesma, para rires de ti mesma; por fim, uma caixinha preciosa, muito escondida, para as grandes ocasiões. Chamo de grandes ocasiões os momentos perigosos em que estamos cheios de dor ou de vaidade, em que sofremos a tentação de achar que fracassamos ou triunfamos, em que nos sentimos umas drogas ou muito bacanas. CUIDADO, Maria, com as grandes ocasiões.
Por fim, mais uma palavra de bolso: às vezes uma pessoa se abandona de tal forma ao sofrimento, com uma tal complacência, que tem medo de não poder sair de lá. A dor tem o seu feitiço, e este se vira contra o enfeitiçado. Por isso Alice, depois de ter chorado um lago, pensava: "Agora serei castigada, afogando-me em minhas próprias lágrimas".
Conclusão: a própria dor deve ter a sua medida: é feio, é imodesto, é vão, é perigoso ultrapassar a fronteira de nossa dor, Maria da Graça.


PS: Obrigada, Tibira, por ter entrado em minha vida com esse recadinho inspirador. Adorei!

Sim, eu já fiquei bonitinha de franja


Entressafra



Nessa entressafra toda, confesso: ando visitando muitos blogs por ai.

Um deles me pegou de jeito. Por falar pouco, e muito. Em outras palavras, por falar muito em poucas linhas.

www.pequenademais.blogspot.com

Recomendo. Estou me reconhecendo lá.

Roubei pra vocês de lá:



E tive uma idéia. O que vocês acham de eu fazer uma série de posts sobre os blogs que eu amo, e que eu acho que vocês vão amar também?



Tradução livre minha: Amar é como tocar piano. Primeiro você aprende usando as regras, depois você precisa esquecer as regras, para tocar com seu coração.

Ainda sobre a chuva...

Mas vocês sabem que fiquei pensando nessa chuvarada?

E lembrei do post das fases que a gente tem, que eu postei aqui, falando do tempo de arar, tempo de colher, tempo de semear, tempo de descansar a terra...Então é bom que eu fique chuvosa um pouco, porque, quando o sol vier, vai ter arco-íris por aqui.


Se meu corpo virasse sol

Hoje acordei nublada.

Porque ontem eu errei com uma coisa que me magoou bastante. E quando eu erro, todos os outros erros ficam me atormentando.

Porque os sapos que eu engulo, coaxam dentro da minha cabeça.

Porque só chove, chove...

Tô querendo virar sol.


O vídeo eu roubei do youtube. E foi feito pela GabyyBR!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Como calcular

Pra quem teve dúvidas sobre a fórmula do post abaixo, o negócio é pegar os centímetros da sua altura (por exemplo, se vc mede, como eu, 1,59m, vc pega o 59) e tira 10, achando seu "peso ideal", que, no caso, seria 49 quilos (59-10=49).
SÓ que não faço ideia se há algum fundamento para a fórmula, ok? Mesmo porque, como algumas já testemunharam nos comentários, em alguns casos seria completamente absurdo pesar o resultado... Ah, e só serve pra pessoas com menos de 2m, óbvio.

Casar engorda



No meu caso, 5 quilos até hoje.

Por isso, depois que descobri que o "certo" é pesar 10 quilos a menos que os centímetros da altura, meu salto mínimo é 12.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Complexo de virilha













Conheço gente que tem complexo de gorda, conheço gente que tem compleo de magra, conheço as que têm complexo de pouco cabelo, as que têm complexo de muito cabelo, as que têm complexo de pé feio, as de perna fina, as de perna grossa, as de quadril muito largo, as de falta de bunda, as de nariz grande, as de orelha de abano, enfim, complexo de mulher é certeza: todas têm pelo menos um, cada uma tem o seu.

Complexas que somos, reparei que nós, mulheres, acabamos caçando chifre em cabeça de cavalo para implicar com coisas que ninguém mais nota. Podemos ficar dias, anos (em casos graves uma vida inteira) sofrendo por detalhes tão irrelevantes para o "conjunto da obra", o todo, muito interessante que compomos.

Ok, eu queria sim ter um corpo bem mais bacana. Eu queria sim um bumbum mais durinho. Mas não é porque ele não é o que eu queria que eu vou deixar que o fato do bumbum estar grande, mole e com celulites impeça todas as outras partes do meu corpo de serem felizes. O bumbum tá grande, a barriga também? Põe um vestidinho por cima de tudo e vai pra piscina, pro churrasco, pra onde quer que seja! Depois, discretamente, acha seu lugar no sol, e se permita curtir um pouco.
Acho um absurdo a gente se resumir a um ponto específico e sacrificar todo o resto. Afinal, qual é a culpa da cintura se vc não gosta da barriga?

De todas as minhas complexidades, as que tenho e as que tive, a pior das fases foi a do complexo de virilha. Não sei explicar, mas virilha é uma parte ingrata do corpo. Você sempre descobre um pelinho que escapou da depilação, às vezes os pelos encravam, as vezes inflamam, às vezes surgem manchas, e, pior que tudo: a gente costuma só descobrir essas faltas quando já está de biquini, em plena luz do sol, e do lado de outra pessoa. A tentação de cutucar é imensa, mas temos que ser fortes.

Reparando muito na minha, comecei a reparar a virilha alheia (o que, por vezes, pode ter sido estranho, verdade), mas, cheguei a clara constatação de que não existe virilha perfeita! E, nas vezes em que ousei puxar esse assunto numa roda feminina, pude constatar, ninguém está absolutamente tranquila com a sua... É isso mesmo!
Mais do que isso, comecei a observar capas de revistas femininas e descobri, extasiada, que ninguém deixa mostrar a virilha na capa de revista nenhuma. Mesmo nas capas dessas revistas mais ousadas, VIP, PLaypoy, Sexy... Já vi por ai muita perna/coxa/bunda estampada em foto que eu tenho certeza que não precisou de retoque, mas duvi-d-o-dó que exista alguma famosa que pose nua e dispense um retoquinho virilhesco.

Do mesmo jeito, por mais que não chegue ao ponto de ser um complexo universal, ninguém está saltitando de felicidade pelo cotovelo que tem. E eu nunca via alguém que realmente se importasse:

- Nossa, menina, meu cotovelo é tão feio! Tô cogitando uma plástica cotovelar...
- Você viu o cotovelo da fulana? Que horrooooooooooooooor!
Por isso, resolvi desencanar: não dá pra ser feliz analisando milimetricamente todas as nossas imperfeições. Mas dá pra ser feliz analisando milimetricamente as nossas perfeições. E elas existem, por mais que a gente não acredite.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Verdade




Consertando a panela de pressão III - A teoria

Voltando às minhas teorias, depois dos posts em que achei graça o velho costume de consertar as panelas de pressão, fiquei pensando sobre isso.

Porque panela de pressão é uma coisa útil, mas todo mundo sabe que é uma coisa perigosa também. Se a pressão não escapa, a panela explode. Se a pressão escapa demais, a comida não cozinha do jeito que era esperado. Então eu penso que, antigamente, quando as panelas estragavam: explodiam ou deixavam de cozinhar, a dona de casa, dona da panela, mandava a panela pra revisão. Trocava uma peça, uma borrachinha, e lá estava a utilidade de volta, pronta para durar bons meses (ou anos)...
E não é só máquina de pressão que era assim. Quem é da minha geração deve ter convivido pelo menos 15 anos com máquinas de lavar que eram do casamento dos pais, e conhecido pelo menos um "moço que conserta a máquina de lavar". Também é possível que tenha conhecido um "moço que conserta a geladeira" e até se lembre, com certa nostalgia, do barulho que as geladeiras antigas faziam, com seu motor que ligava e desligava...
Hoje em dia, ninguém mais conserta panela de pressão, máquina de lavar roupa, nem geladeira, até onde eu vejo. Muitas vezes, é mais barato (e mais prático), comprar uma nova.
O que me parece é que, com relacionamentos acontece a mesma coisa. Namorar, casar, relacionar a longo prazo, não é como ter um micro-ondas, que a gente põe a comida lá dentro e em 1 minuto está pronto. É como ter uma panela de pressão.
A gente (nós e eles, eles e elas) põe dentro dela experiências prévias, expectativas, sonhos.
A gente põe muito do que a gente é, do que a gente quer ser, do que a gente enfrenta. Colocamos na nossa panela de pressão do relacionamento duas pessoas por inteiro, e o estresse do dia-a-dia, os compromissos, as pressões internas (eu quero ser linda, gostosa, bem sucedida e casar, ele quer ser lindo, profissional perfeito, gostoso e ficar solteiro curtindo a vida alucinadamente até os 38 anos) e as pressões externas (vocês não vão casar? nossa, a filha da minha amiga é a chefe principal de uma multinacional no exterior e você ainda na faculdade? mas você ganhou uns quilinhos ou é só impressão minha?)... E vamos cozinhando esse caldo todo, na panela de pressão.
Um dia, como é inevitável, a panela estraga. Ou ela explode, ou ela deixa de cozinhar e a gente logo pensa que seria melhor tirar os nossos ingredientes porque aquela coisa não vai dar em nada mesmo. Até ai, normal, faz parte. Mas a gente não conserta a panela de pressão.
A gente sai, e compra uma nova. A gente desconsidera tudo o que já havia saído dali, todas as receitas que deram certo. A gente nem quer saber se era só uma borrachinha a ser trocada. A gente toma raiva dela ter explodido uma vez, depois de tanto uso, como quem grita: assim, não dá. Ou a gente toma birra dela ter perdido a capacidade de manter a pressão, e encosta a panela.
E nossos relacionamentos-panelas-de-pressão vão sendo substituídos, porque, às vezes, o que a gente busca é o que não existe: uma panela que nunca estrague. E não é só a panela de pressão que a gente passa a evitar.
A gente começa a comprar comida pronta, congelada, que tem a embalagem linda e aquele gosto...huuuuuum, aquele gosto de isopor de sempre. Porque ser feliz, viver e experimentar qualquer coisa gostosa, demanda esforço. Esperar a comida ficar pronta na panela de pressão é demorado. Dá trabalho.
Só que, relacionamentos (talvez como as pobres panelas), merecem ser consertados.
A gente precisa trocar a borrachinha de vez, regular direitinho as coisas. Porque é dali que vai sair a comida boa, da panela velha...por mais bonita que seja a embalagem da comida congelada.

Atendendo a pedidos

Atendendo a pedidos, decidi mostrar a foto do desastre. Para ser bem realista, deixei o cabelo secar ao natural e pedi ao outro advogado aqui do escritório para tirar a foto (com a máquina normal). Sem retoques...

Com vocês, a verdade nua e crua!
Depois dessa, vou mudar o nome do blog. Bonitona não se aplica mais. E nem encalhada! rsrsrsrssr



segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Resumo da tragédia



Cheguei na cabelereira disposta a mudar. Sabe quando deu aquela enjoada da cara? Então.




Pra não ter erro, levei uma foto de modelo:




Sai mais parecendo outra foto que vi na internet:








Porque o rosto faz toda a diferença...




Mas é bom que cabelo cresce, né?