quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Lua de Cristal

Meu chá de panela foi perfeito. Quem estava lá, sabe do que eu estou falando. Eu estava super comovida porque ia casar e porque estava de partida (naquele tempo, eu achava que ia mudar dia 25 de julho). E minhas amigas realmente se esmeraram nos detalhes...

Entre as diversas brincadeiras que elas planejaram, e entre as prendas que eu tinha que pagar, calhou de alguém mandar eu cantar Lua de Cristal. E eu, criada à base de Xuxa e Danoninho, sabia que esta tarefa ia ser tirada de letra. Puseram a música no fundo, pra eu ter uma base de ritmo, e eu comecei...

Tudo pode ser
se quiser será
sonho sempre vem, pra quem sonhar...
Tudo pode ser, só basta acreditar, tudo que tiver que ser será...

De repente, a música começou a fazer um sentido maior do que eu pensava, mas eu respirei firme e continuei cantando sozinha:

Tudo que eu fizer, eu vou tentar melhor do que já fiz, esteja meu destino onde estiver,
eu vou buscar a sorte e ser feliz...
Tudo que eu quiser, o cara lá de cima vai me dar, me dar toda a coragem que puder, que não me faltem forças pra lutar...

E ai, eu já estava muito emocionada, e estendi as mãos, para que as minhas amigas prosseguissem. Naquele clima, com aquele nó na garganta, com um pouquinho de caips e espumante nas idéias, em silêncio, ouvi o coro mais lindo do mundo, já com minha cabeça a mil, por causa da viagem:

Vamos com você, nós somos invenciveis pode crer..
Todos somos um e nisso nao existe mal nenhum...
Vamos com você, nós somos invencíveis pode crer
O SONHO ESTÁ NO AR, O AMOR ME FAZ CANTAR...

Ninguém imagina o chororô que foi esse momento...chororô que se repetiu no casamento propriamente dito, quando as minhas amigas decidiram fazer uma performance ao vivo, e que se repete agora, toda vez que ouço a música. Amores da minha vida, amigas há 25, 20, 15, 10, 5, 2 anos, amigas há 1 mês... Vocês vão comigo onde quer que eu vá, porque vocês são parte de mim, e moram no meu coração: todas somos uma só, cada uma de vocês fica com um pedacinho meu, em troca do pedacinho que estou roubando.

Amo vocês, um amor que é pleno, sem precisar que ninguém diga nada.

Para evitar o chororô, decidi não ligar para ninguém, nem despedir direito. Decidi deixar um recadinho aqui no blog, declarando pra todo mundo: lua-de-mel é muito importante, mas, para mim, mais importante é lua-de-cristal....




PS: Alguém adivinha se eu chorei pra fazer o vídeo???

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Analfabetismo sentimental

Uma das coisas mais difíceis do mundo, é saber ler as pessoas, os sentimentos, as entrelinhas. Entender que, às vezes, "você sumiu" significa "eu te amo" e, outras vezes, "você sumiu" quer dizer "não peguei ninguém e estou querendo te buscar 1 e meia da manhã pra não ficar no zero a zero".

Muitas vezes, sinto que a gente (nós, bonitonas) troca as duas legendas. Lemos "eu te amo"onde deveríamos ler "estou te enrolando" e cismamos de ler "estou te enrolando" onde está estampado um "eu te amo" em letras maiúsculas. Faz parte da vida.

Ainda assim, acho que seria muito bom se esse tipo de alfabetização estivesse em todos os currículos.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Neste Natal, o meu amigo oculto é...


Me adora

Eu não gosto da Pitty. Nunca gostei. Porém, ano novo, vida nova, e a gente pode mudar um pouco nossas concepções. Dai que, ouvindo rádio outro dia, achei que essa música traduz EXATAMENTE o que já pensei muitas vezes...e tenho certeza que, como eu e como ela, outras bonitonas tb já pensaram o mesmo...

E que já tiveram vontade de falar exatamente isso pra um desses bonitões que passam pelas nossas vidas:


Me Adora
Pitty


Composição: Pitty / Derrick Green / Andreas Kisser

Tantas decepções eu já vivi


Aquela foi de longe a mais cruel

Um silêncio profundo e declarei:

“Só não desonre o meu nome”



Você que nem me ouve até o fim

Injustamente julga por prazer

Cuidado quando for falar de mim

E não desonre o meu nome



Será que eu já posso enlouquecer?

Ou devo apenas sorrir?

Não sei mais o que eu tenho que fazer

Pra você admitir



Que você me adora

Que me acha foda

Não espere eu ir embora pra perceber

Que você me adora

Que me acha foda

Não espere eu ir embora pra perceber



Perceba que não tem como saber

São só os seus palpites na sua mão

Sou mais do que o seu olho pode ver

Então não desonre o meu nome



Não importa se eu não sou o que você quer

Não é minha culpa a sua projeção

Aceito a apatia, se vier

Mas não desonre o meu nome



Será que eu já posso enlouquecer?

Ou devo apenas sorrir?

Não sei mais o que eu tenho que fazer

Pra você admitir



Que você me adora

Que me acha foda

Não espere eu ir embora pra perceber

Que você me adora

Que me acha foda

Não espere eu ir embora pra perceber

 
 

Enquanto isso, no globo.com...


Mulher organiza casamento surpresa para namorado em aeroporto

Rapaz desembarcou e deu de cara com a namorada vestida de noiva. Juiz realizou o casamento no saguão do aeroporto do Texas.


Confira lá: http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL1425194-6091,00-MULHER+ORGANIZA+CASAMENTO+SURPRESA+PARA+O+NAMORADO+EM+AEROPORTO.html

Assim, eu achei um pouco desesperado, mas é um boa ideia. Casamento surpresa, já pensaram? Isso é que é pressão!

Bjooo

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Conselho Natalino

Toda vez que você engordar, invista em sapatos e acessórios.

Bonitonas encalhadas, I wish you...



a MARRY christmas!!!!

hohohoho!!!!!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Até a última gota

Neste Natal, desejo a todas as bonitonas: Vivam um amor, até a última gota...

Não importa se é um amor remédio, desses amargos, que vem num copinho de 5ml e que a gente tem que tomar tudo, pra perceber depois, que mesmo não sendo muito bom, fez um bem danado.

Não importa se é um amor champanhe, desses que faz um barulhão danado quando começa, que deixa a gente inebriada, mas que depois deixa uma dorzinha chata de cabeça e uma dose embutida de remorso (e, às vezs, de amnésia).

Não importa se é um amor Gatorade, que repõe os sais minerais que a gente perdeu pelo caminho, mas que é um pouco sem gosto, sem graça.

Não importa se é um amor refrigerante (normal, sem ser light): doce, engorda, dá celulite, você está cansada de saber que não devia tomar, mas tem um gosto irresistível de proibido.

Não importa se é um amor vitamina de abacate, que pode até ser saudável, mas é cheio de gordura (da boa, pelo menos), tem cara feia, mas é uma delícia de viver...

Não importa se é um amor perfume, que estimula os sentidos, mas que não pode ser provado, não pode ser bebido...uma amor que só suscita, que só ativa a imaginação, mas que é gostoso assim mesmo, só na sugestão do que poderia ser...

Não importa se é um amor vinho de galão, docinho, gostosinho, baratinho e farto, mas que dá uma dor de cabeça nunca sequer imaginada.

Não importa se é um amor Toddynho, com cara de dia-a-dia, de infância, de inocência.

Não importa.

Eu já disse que os problemas são líquidos. Agora estou dizendo que o amor também é. Um problema. E líquido.

Liquidando o assunto, fica minha verdade: tem que ser até a última gota.

Viva intensamente, qualquer amor. E se sentir que não chegou ao fim, volte, desvolte. E se quiser fazer sua grande cena, uma vez na vida, faça. E se quiser gritar na janela, grite; fazer serenata, faça; comprar sonho de valsa pra guardar o papel, compre;  tiver vontade de ligar bebada no meio do show de música sertaneja, ligue; se achar que tem que voltar, mesmo que todo mundo discorde, volte. E termine de novo e volte de novo se for necessário.

Não precisa que o outro esteja em sintonia (ainda que seja melhor que esteja). O importante é que você ame, de verdade, uma vez na vida (pelo menos). Uma experiência necessária.

Prometa (a você mesma) viver com intensidade cada um dos amores que aparecer no seu caminho, mesmo que eles não tenham sido feitos pra virar casamento. Amor líquido, embora não pareça, evapora, ou congela...e deixa de ser amor. Porque amor inunda. Necessariamente.

Com ou sem gelo, até a última gota: é o mínimo que um amor merece.

Ano novo, vida nova!

Não sei se sou muito mais criativa que a maioria, mas muitas vezes imaginei como seria um dia mudar a/de vida completamente, mudando pra um país bem longe...um lugar onde ninguém me conhecesse, e eu pudesse inventar uma Laura completamente diferente, uma Laura que deixasse toda a minha caretice no Brasil e que estivesse prontinha pra viver uma vida, assim, como quem encara uma página em branco...

Até onde eu sei, o quem faz o mais próximo disso é minha avó, bonitinha, que tem mania de postar comentários em notícias da internet com codinomes insuspeitos. Não satisfeita, ela responde aos próprios comentários, com outro pseudônimo, só pra ter um diálogo no site alheio. É. Eu sei. Minha avó, se não existisse, teria que ser inventada.

Mas, voltando ao tema do post, no desenrolar deste ano, quando meus dois principais pedidos feitos pra 2009 (o livro e o casamento) já estavam realizados, surgiu a possibilidade de essa experiência se realizar, ainda que em parte. Meu marido (ainda não acostumei com a palavra, acho tão engraçado!) foi admitido num mestrado na Escócia e foi isso que desencadeou o casamento repentino. De repente, não fazia sentido ficarmos (tão) longe um do outro.

Eu demorei a contar a história aqui, porque, afinal, queria que tudo estivesse confirmado. Foram muitas idas e vindas e voltas (a viagem estava inicialmente marcada para 28 de julho, foi adiada para agosto, setembro, outubro...e, finalmente, 30 de dezembro!)... Chegaremos na cidade dia 31.12, as 20hs (se tudo der certo) e é o que eu acho de virada. Literalmente. Agora, estamos com tudo na mão: o visto, as passagens, as malas e o coração, como não poderia deixar de ser.

A Escócia e um país lindo e longeeeee...faz frio (vou ver neve!)... é na Europa (tomara que dê para passear!)...e tem castelos pra eu sonhar muito, com muitos sonhos de fadas!




Para 2010, não quero me reinventar inteira, mas um pedaço vai mudar. Acho que já passei da idade de virar punk, hippie, gótica, soltinha, emo, surfista, ou qualquer outra coisa completamente diversa de mim mesma (ainda que as vezes eu ache, com muita convicção, que grande parte do que sou por fora é incompatível com o que sou por dentro). E a primeira mudança é da cara do blog, que, depois de taaaaaaaanto tempo parado, tinha que ser bem remexido, com essa cara meio natalina, para que ninguém ficasse achando que eu morri, ou que eu abandonei as bonitonas que conheci neste tempo de encalhamento.

As mudanças (minhas, por dentro e por fora), estarão aqui, com mais frequencia e mais bom humor, pra que eu consiga me tornar, cada vez mais, a escritora que eu ainda vou ser...

Um beijo enorme e estalado!

Laura H