quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Lua de Cristal

Meu chá de panela foi perfeito. Quem estava lá, sabe do que eu estou falando. Eu estava super comovida porque ia casar e porque estava de partida (naquele tempo, eu achava que ia mudar dia 25 de julho). E minhas amigas realmente se esmeraram nos detalhes...

Entre as diversas brincadeiras que elas planejaram, e entre as prendas que eu tinha que pagar, calhou de alguém mandar eu cantar Lua de Cristal. E eu, criada à base de Xuxa e Danoninho, sabia que esta tarefa ia ser tirada de letra. Puseram a música no fundo, pra eu ter uma base de ritmo, e eu comecei...

Tudo pode ser
se quiser será
sonho sempre vem, pra quem sonhar...
Tudo pode ser, só basta acreditar, tudo que tiver que ser será...

De repente, a música começou a fazer um sentido maior do que eu pensava, mas eu respirei firme e continuei cantando sozinha:

Tudo que eu fizer, eu vou tentar melhor do que já fiz, esteja meu destino onde estiver,
eu vou buscar a sorte e ser feliz...
Tudo que eu quiser, o cara lá de cima vai me dar, me dar toda a coragem que puder, que não me faltem forças pra lutar...

E ai, eu já estava muito emocionada, e estendi as mãos, para que as minhas amigas prosseguissem. Naquele clima, com aquele nó na garganta, com um pouquinho de caips e espumante nas idéias, em silêncio, ouvi o coro mais lindo do mundo, já com minha cabeça a mil, por causa da viagem:

Vamos com você, nós somos invenciveis pode crer..
Todos somos um e nisso nao existe mal nenhum...
Vamos com você, nós somos invencíveis pode crer
O SONHO ESTÁ NO AR, O AMOR ME FAZ CANTAR...

Ninguém imagina o chororô que foi esse momento...chororô que se repetiu no casamento propriamente dito, quando as minhas amigas decidiram fazer uma performance ao vivo, e que se repete agora, toda vez que ouço a música. Amores da minha vida, amigas há 25, 20, 15, 10, 5, 2 anos, amigas há 1 mês... Vocês vão comigo onde quer que eu vá, porque vocês são parte de mim, e moram no meu coração: todas somos uma só, cada uma de vocês fica com um pedacinho meu, em troca do pedacinho que estou roubando.

Amo vocês, um amor que é pleno, sem precisar que ninguém diga nada.

Para evitar o chororô, decidi não ligar para ninguém, nem despedir direito. Decidi deixar um recadinho aqui no blog, declarando pra todo mundo: lua-de-mel é muito importante, mas, para mim, mais importante é lua-de-cristal....




PS: Alguém adivinha se eu chorei pra fazer o vídeo???

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Analfabetismo sentimental

Uma das coisas mais difíceis do mundo, é saber ler as pessoas, os sentimentos, as entrelinhas. Entender que, às vezes, "você sumiu" significa "eu te amo" e, outras vezes, "você sumiu" quer dizer "não peguei ninguém e estou querendo te buscar 1 e meia da manhã pra não ficar no zero a zero".

Muitas vezes, sinto que a gente (nós, bonitonas) troca as duas legendas. Lemos "eu te amo"onde deveríamos ler "estou te enrolando" e cismamos de ler "estou te enrolando" onde está estampado um "eu te amo" em letras maiúsculas. Faz parte da vida.

Ainda assim, acho que seria muito bom se esse tipo de alfabetização estivesse em todos os currículos.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Neste Natal, o meu amigo oculto é...


Me adora

Eu não gosto da Pitty. Nunca gostei. Porém, ano novo, vida nova, e a gente pode mudar um pouco nossas concepções. Dai que, ouvindo rádio outro dia, achei que essa música traduz EXATAMENTE o que já pensei muitas vezes...e tenho certeza que, como eu e como ela, outras bonitonas tb já pensaram o mesmo...

E que já tiveram vontade de falar exatamente isso pra um desses bonitões que passam pelas nossas vidas:


Me Adora
Pitty


Composição: Pitty / Derrick Green / Andreas Kisser

Tantas decepções eu já vivi


Aquela foi de longe a mais cruel

Um silêncio profundo e declarei:

“Só não desonre o meu nome”



Você que nem me ouve até o fim

Injustamente julga por prazer

Cuidado quando for falar de mim

E não desonre o meu nome



Será que eu já posso enlouquecer?

Ou devo apenas sorrir?

Não sei mais o que eu tenho que fazer

Pra você admitir



Que você me adora

Que me acha foda

Não espere eu ir embora pra perceber

Que você me adora

Que me acha foda

Não espere eu ir embora pra perceber



Perceba que não tem como saber

São só os seus palpites na sua mão

Sou mais do que o seu olho pode ver

Então não desonre o meu nome



Não importa se eu não sou o que você quer

Não é minha culpa a sua projeção

Aceito a apatia, se vier

Mas não desonre o meu nome



Será que eu já posso enlouquecer?

Ou devo apenas sorrir?

Não sei mais o que eu tenho que fazer

Pra você admitir



Que você me adora

Que me acha foda

Não espere eu ir embora pra perceber

Que você me adora

Que me acha foda

Não espere eu ir embora pra perceber

 
 

Enquanto isso, no globo.com...


Mulher organiza casamento surpresa para namorado em aeroporto

Rapaz desembarcou e deu de cara com a namorada vestida de noiva. Juiz realizou o casamento no saguão do aeroporto do Texas.


Confira lá: http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL1425194-6091,00-MULHER+ORGANIZA+CASAMENTO+SURPRESA+PARA+O+NAMORADO+EM+AEROPORTO.html

Assim, eu achei um pouco desesperado, mas é um boa ideia. Casamento surpresa, já pensaram? Isso é que é pressão!

Bjooo

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Conselho Natalino

Toda vez que você engordar, invista em sapatos e acessórios.

Bonitonas encalhadas, I wish you...



a MARRY christmas!!!!

hohohoho!!!!!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Até a última gota

Neste Natal, desejo a todas as bonitonas: Vivam um amor, até a última gota...

Não importa se é um amor remédio, desses amargos, que vem num copinho de 5ml e que a gente tem que tomar tudo, pra perceber depois, que mesmo não sendo muito bom, fez um bem danado.

Não importa se é um amor champanhe, desses que faz um barulhão danado quando começa, que deixa a gente inebriada, mas que depois deixa uma dorzinha chata de cabeça e uma dose embutida de remorso (e, às vezs, de amnésia).

Não importa se é um amor Gatorade, que repõe os sais minerais que a gente perdeu pelo caminho, mas que é um pouco sem gosto, sem graça.

Não importa se é um amor refrigerante (normal, sem ser light): doce, engorda, dá celulite, você está cansada de saber que não devia tomar, mas tem um gosto irresistível de proibido.

Não importa se é um amor vitamina de abacate, que pode até ser saudável, mas é cheio de gordura (da boa, pelo menos), tem cara feia, mas é uma delícia de viver...

Não importa se é um amor perfume, que estimula os sentidos, mas que não pode ser provado, não pode ser bebido...uma amor que só suscita, que só ativa a imaginação, mas que é gostoso assim mesmo, só na sugestão do que poderia ser...

Não importa se é um amor vinho de galão, docinho, gostosinho, baratinho e farto, mas que dá uma dor de cabeça nunca sequer imaginada.

Não importa se é um amor Toddynho, com cara de dia-a-dia, de infância, de inocência.

Não importa.

Eu já disse que os problemas são líquidos. Agora estou dizendo que o amor também é. Um problema. E líquido.

Liquidando o assunto, fica minha verdade: tem que ser até a última gota.

Viva intensamente, qualquer amor. E se sentir que não chegou ao fim, volte, desvolte. E se quiser fazer sua grande cena, uma vez na vida, faça. E se quiser gritar na janela, grite; fazer serenata, faça; comprar sonho de valsa pra guardar o papel, compre;  tiver vontade de ligar bebada no meio do show de música sertaneja, ligue; se achar que tem que voltar, mesmo que todo mundo discorde, volte. E termine de novo e volte de novo se for necessário.

Não precisa que o outro esteja em sintonia (ainda que seja melhor que esteja). O importante é que você ame, de verdade, uma vez na vida (pelo menos). Uma experiência necessária.

Prometa (a você mesma) viver com intensidade cada um dos amores que aparecer no seu caminho, mesmo que eles não tenham sido feitos pra virar casamento. Amor líquido, embora não pareça, evapora, ou congela...e deixa de ser amor. Porque amor inunda. Necessariamente.

Com ou sem gelo, até a última gota: é o mínimo que um amor merece.

Ano novo, vida nova!

Não sei se sou muito mais criativa que a maioria, mas muitas vezes imaginei como seria um dia mudar a/de vida completamente, mudando pra um país bem longe...um lugar onde ninguém me conhecesse, e eu pudesse inventar uma Laura completamente diferente, uma Laura que deixasse toda a minha caretice no Brasil e que estivesse prontinha pra viver uma vida, assim, como quem encara uma página em branco...

Até onde eu sei, o quem faz o mais próximo disso é minha avó, bonitinha, que tem mania de postar comentários em notícias da internet com codinomes insuspeitos. Não satisfeita, ela responde aos próprios comentários, com outro pseudônimo, só pra ter um diálogo no site alheio. É. Eu sei. Minha avó, se não existisse, teria que ser inventada.

Mas, voltando ao tema do post, no desenrolar deste ano, quando meus dois principais pedidos feitos pra 2009 (o livro e o casamento) já estavam realizados, surgiu a possibilidade de essa experiência se realizar, ainda que em parte. Meu marido (ainda não acostumei com a palavra, acho tão engraçado!) foi admitido num mestrado na Escócia e foi isso que desencadeou o casamento repentino. De repente, não fazia sentido ficarmos (tão) longe um do outro.

Eu demorei a contar a história aqui, porque, afinal, queria que tudo estivesse confirmado. Foram muitas idas e vindas e voltas (a viagem estava inicialmente marcada para 28 de julho, foi adiada para agosto, setembro, outubro...e, finalmente, 30 de dezembro!)... Chegaremos na cidade dia 31.12, as 20hs (se tudo der certo) e é o que eu acho de virada. Literalmente. Agora, estamos com tudo na mão: o visto, as passagens, as malas e o coração, como não poderia deixar de ser.

A Escócia e um país lindo e longeeeee...faz frio (vou ver neve!)... é na Europa (tomara que dê para passear!)...e tem castelos pra eu sonhar muito, com muitos sonhos de fadas!




Para 2010, não quero me reinventar inteira, mas um pedaço vai mudar. Acho que já passei da idade de virar punk, hippie, gótica, soltinha, emo, surfista, ou qualquer outra coisa completamente diversa de mim mesma (ainda que as vezes eu ache, com muita convicção, que grande parte do que sou por fora é incompatível com o que sou por dentro). E a primeira mudança é da cara do blog, que, depois de taaaaaaaanto tempo parado, tinha que ser bem remexido, com essa cara meio natalina, para que ninguém ficasse achando que eu morri, ou que eu abandonei as bonitonas que conheci neste tempo de encalhamento.

As mudanças (minhas, por dentro e por fora), estarão aqui, com mais frequencia e mais bom humor, pra que eu consiga me tornar, cada vez mais, a escritora que eu ainda vou ser...

Um beijo enorme e estalado!

Laura H

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Cazuza

Ontem assisti (no youtube) o programa "Por toda a minha vida", da semana passada. Foi sobre o Cazuza.

E eu, preciso confessar, nem achava tanta graça nele, passei a gostar bastante...

Tem letra mais linda que essa?

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Esclarecimento

Eu sou correta, mas não sou careta.

domingo, 22 de novembro de 2009

Quando eu falo que a vida real é mais criativa que a ficção...



Gente, fiquei sabendo dessa história linda pelo blog da Marina Favato (http://www.marinafavato.wordpress.com/) uma fotógrafa muito linda, como as fotos que ela tira. Quem estiver à procura de uma moça doce e sensível para o casório: indico demais! Conheci a Marina pessoalmente num encontro inusitado e é a poesia em pessoa! Passem lá depois...

sábado, 21 de novembro de 2009

Fases

- O que você vai ser quando crescer?

- Já decidiu o que vai fazer no vestibular?

- E o namorado, não vai conhecer a família?

- Esse casamento não sai?

- O neném é pra quando?

- Ele não vai ter um irmãozinho?

- E o que ele vai ser quando crescer?

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

No meio de mim

Ainda falando dos blogs que eu amo, convido-os a conhecer o "No meio de mim", o blog da Ana. O endereço é http://www.nomeiodemim.blogspot.com/.

Ana é uma amiga de longa data, que mora no meu coração.

Quando éramos mais novas, ela ligava no fixo lá de casa (esse tempo longínquo de que falei post passado, quando as pessoas não tinham celular - nem msn, skype, email, ou qualquer outro jeito de falar com as amigas que não fosse o telefone residencial - e duas adolescentes em casa era um problema de verdade para qualquer pai, a Ana ligava e falava:

- Ei, Marcelo, é a Ana, amiga da Laura.

Como todas as vezes ela falava exatamente isso, todo mundo lá de casa, até hoje, se refere a ela assim.

- Mãe, é aniversário da Ana.
- Que Ana, a Ana-amiga-da-Laura?

E ela é isso, a Ana, minha amiga querida.

O blog é uma delícia. Tem dias de poucas frases que ficam ecoando na nossa cabeça, dias de muitas frases que também ficam ecoando, e uma sensação de que a gente sempre está espiando a alma da Ana pela frestinha do coração dela. Por causa dele, estou numa semana Tracy Chapman, repetindo ":Baby can I hold you tonight" na vitrola (hein? cd player? Playlist do Ipod?) da minha cabeça incessantemente.


O nome do blog vem de um livro mega lindo (que eu também recomendo a qualquer pessoa) que se chama: "Alô Sr. Deus, aqui é Anna".

Sobre o livro, eu falo qualquer dia desses. Sobre a Ana, eu falo assim: http://nomeiodemim.blogspot.com/2009/01/mania-de-explicao.html



domingo, 8 de novembro de 2009

Voltar a fita e queimar o filme

Muito embora eu me considere nova, sou de uma geração diferente da que vejo nas ruas hoje em dia.

Me lembrei então da música Faroeste Caboclo. Não é exatamente uma música da minha geração, mas é uma música que me chamou a atenção, assim como Eduardo e Mônica, talvez por ser uma historinha com começo meio e fim. Fato é que, quando a ouvi  pela primeira vez, fiquei querendo saber a letra e, naquela época, peguei uma fita k7 emprestada da minha tia Raquel (que tinha a tal fita) e copiei.




Com minha própria fita k7, mas sem o encarte da fita original, passei boas horas ouvindo, anotando e escrevendo a letra da música, voltando a fita toda vez que a pronúncia do Renato Russo não ajudava. Sem brincadeiras ou exageros, lá se foi pelo menos uma tarde nesse exercício. A música tem nove minutos e dá um trabalhão danado fazer essa transcrição. E eu lá, voltando a fita.

Aliás, voltar a fita é uma dessas expressões que, daqui a uns anos,deve se tornar meio inexplicável, já que, hoje em dia, as únicas fitas que as pessoas conhecem são fitas de cetim, de presentes.

Mas, voltando a fita, depois de tanto investimento (compra a fita, grava a fita, ouve a fita, volta a fita, ouve a fita de novo, volta de novo, ouve de novo, e de novo e de novo), a gente dá mais valor as coisas.

Uma experiência boba, mas muito diferente da que tenho hoje, quando quero uma música (baixo no computador) e quando quero a letra, jogo no google. Assim, tendo as coisas de imediato, qualquer espera vai se tornando longa, a gente vai perdendo a percepção do que é realmente urgente. Outro exemplo são as fotos.




Antigamente, coisa de sei lá, sete anos, as máquinas de fotos eram com filmes. A gente batia as fotos com a esperança de que elas ficassem boas, porque não dava pra ver se alguém tinha fechado o olho, feito uma cara estranha, ficado de boca aberta, virado bem na hora. A gente só descobria essas coisas quando as fotos eram reveladas (e revelar as fotos não era em 1 hora, mas em dias...). Por outro lado, como havia todo um investimento (compra o filme, tira as fotos, leva pra revelar, espera), a gente tinha todas as fotos impressas, e não esquecia nenhuma mofando (como hoje acontece, quando vemos as fotos na máquina ou no computador...

Além disso, sempre havia a chance de, por um azar danado, o filme queimar e queimar o filme é outra expressão que, daqui a pouco, estará completamente dissociada desse sentido original.

E ai hoje, quando pesquisamos letras e músicas em menos de um minuto, quando vemos as fotos na hora, apagamos na hora, tiramos outra na hora, eu fico querendo tudo a tempo e a hora, tudo agora, sabe?

Ontem, quando entrei no carro, estava tocando Faroeste Caboclo. E eu lembrei da letra que me deu tanto trabalho, e me lembrei da adolescente que um dia fui: determinada, dedicada e feliz. E fiquei feliz de ter essa lembrança e de saber que, em algum lugar no meio de mim, essa mocinha ainda existe e vai saber esperar a hora de as coisas acontecerem, sem queimar o filme, se Deus quiser.






PS: Mesmo tendo ouvido 839 vezes a música eu não consegui entender o que o Renato Russo canta no minuto 7:22/7:24. Ainda bem que, no google, consegui a letra. "Se a via-crucis virou circo estou aqui". Dificil, né?

Videozinho do youtube, como sempre, roubado da deiafhm.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Personalidade: a gente nasce com ela, ou vai adquirindo com o tempo?

Eu sempre tive dúvida se a gente nascia com uma personalidade, ou se ia se moldando ao longo da vida. Hoje, acho que um pouquinho de cada. A gente nasce com tendências e vai mudando (ou confirmando) aos poucos...

Mexendo nos guardados de minha mãe, encontrei minhas "avaliações" feitas pelas minhas professoras de maternal. Pra quem não sabe, nasci em dezembro de 81, então as avaliações foram feitas quando eu tinha entre dois e três anos. Agora "prestenção" na pessoa:



- Fala muito. Gosta de cantar e falar poesias. Ela adora contar novidades!!!

- Ultimamente, tem conseguido se trocar sozinha e fica muito animada por isso. Ai, que dóoooooo!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Selinho da Veja!

Gente! Ganhei o selinho da Veja!!!

EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!!!!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O caso do vestido

Quando entrei no colégio onde estudei dos 5 aos 18 anos, fiz aniversário e minha mãe me deixou convidar duas amigas. Escolhi a Cacá e a Isabel.

O tempo se passou. Tivemos fases muito próximas e muito distantes, mas é certo que hoje, 23 anos depois, com toda certeza, daria um jeito de minha mãe ampliar essa lista, porque tenho outras amigas imprescindíveis, mas a Cacá e a Isabel, continuam sendo minhas "amigas de janela", amigas que, independentemente de quanto o bonde já tenha andado, sempre terão a cadeira cativa na janelinha...


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Quando decidi casar, foi meio às pressas, porque o marido passou num mestrado fora e ficamos naquele dilema básico: casamos ou terminamos, tinha pressa. Já era abril e, em princípio a mudança estava prevista pra julho. O casamento tinha que ser logo.

E logo começamos os preparativos. Comecei, então, a sonhar voando, enquanto saia visitando buffets, espaços de festas, marcava curso de noivos, olhava vestidos.

Acreditem ou não, me virei em 5, sem parar de trabalhar (em horário integral, em faltar nem um diazinho sequer) e, dois meses depois, estava entrando na igreja. Dois meses e oito dias, contados desde o noivado, que calhou de ser em 1o de abril.

O curto tempo foi ótimo para uma pessoa ansiosa (como eu) que quer tudo para anteontem. Por um lado, eu queria que tudo fosse à altura do meu sonho. Inclusive o vestido.

Eu, que sou uma pessoa que gosta bastante de se expressar por escrito, já disse mais de uma vez aqui neste blog que as atitudes, assim como alguns olhares, valem mais que mil palavras. E foi quando a Cacá, uma amiga das melhores, sobre quem já falei aqui no blog e cujo casamento foi um dos que sonhei mais intensamente, simplesmente porque ela aceitou dividir o sonho comigo, me ofereceu o vestido dela para casar.

Como todas vocês devem saber, o vestido do casamento não é assim, uma camiseta branca. É o vestido do casamento. E emprestar um vestido de casamento, é um presente. Dos grandes.

Some-se a isso o fato de a Cacá ter sido uma das noivas mais lindas que eu já vi, porque ela é a lindeza em pessoa. Fiquei sem palavras (o que é raro).

E tentada. Não havia nem começado a procurar quando decidi ir dar uma olhadinha. Pensei: "experimentar não ofende" e lá fui. O vestido fechou, como se fosse meu. Não precisava dar bainha, não precisava apertar, não precisava...NADA. Estava certinho, limpinho, e era um vestido de conto de fadas. Aliás, era um sapatinho de cristal, em forma de vestido. E a Cacá, que já era madrinha eleita, fez as vezes de fada madrinha, para transformar minha abóbora em carruagem.

E olha que eu já tinha pego o buquê dela, no casamento!!!


Confesso que algumas pessoas resistiram à ideia de eu me casar com o vestido dela ("mas vocês são tão amigas! As pessoas vão notar!", "mas um vestido EMPRESTADO?", foram algumas coisas que ouvi), e eu mesma achei que devia experimentar outros modelos. Busquei referências, fui em várias lojas bacanas, mas nada chegava nem perto. Porque eu já tinha achado o vestido perfeito e era tão perfeito, que ficava até dificil acreditar.

E ai, resolvi deixar de bobagem, e aceitar o maior presente que eu estava ganhando ali: um gesto que vale muito mais que todas as palavras que estou escrevendo hoje, ganhei a autorização e a possibilidade de ser uma noiva realmente linda, como minha amiga havia sido.

Porque o vestido que eu usei não teve preço, como não têm preço as coisas que realmente importam na vida.

E hoje, que é o aniversário da Cacá, eu estou emprestando o que tenho de mais precioso para dar os parabéns.

Cacá, receba minhas palavras, meu carinho, minha gratidão e o meu blog que, hoje, e sempre que vc quiser, será TODO seu!


Com muito amor,

sua amiga de janela e da vida inteira,

Laura




PS: A minha viagem com o marido está atrasada, mas vai sair...vou contando!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Alice

Atire a primeira pedra a bonitona, encalhada ou não, que nunca pensou no nome que quer dar aos filhos.


A gente pode até não querer os filhos agora, mas cogitar nomes é um exercício tipicamente feminino. Afinal, desde as primeiras brincadeiras de casinha, de Barbie ou de escolinha, os nomes diferentes, que nos dão acesso irrestrito ao mundo mágico do faz-de-conta, são uma questão. A gente muda de nomes.


Conheço pessoas que, desde os 7 anos, têm essa convicção: "minha filha vai chamar não sei como".


Ai, os anos passam, o ex-namorado arruma uma nova namorada com o nome que seria da filha, ou a bonitona conhece uma pessoa chatíssima com o tal nome, e lá vai ter que pensar em outro pra chamar de seu (filho/filha, no caso). Mas também há muita gente que escolhe os nomes quando criança e mantém a decisão.


Tem gente que busca inspiração em filmes. Está ai Sandy Leah (sim, você não leu errado, a SandyJunior chama Sandy Leah, por causa do filme Grease) que não me deixa mentir.


Outras pessoas (ok, confesso, tenho um pouco de preconceito) buscam inspiração em novela. Eu mesma, quando assistia Pantanal na infância, tive algumas filhas "Juma Marruá" nas brincadeiras... Também gostava muito de Natasha (é vaaaaaaamp) e nutri uma simpatia por Duda (que era a Gabriela Duarte em Top Model).


Há nomes de moda, que eu não entendo de onde surgem e pra onde vão, mas alguém me explica o surto de Marias Eduardas e Joões Pedros em Belo Horizonte?


Deixando a antiguidade de lado, de uns tempos pra cá, eu, que nunca tinha pensado seriamente nisso, cismei com um nome. Alice. Alice é o nome que seria da minha irmã, mas mudou por um caso que depois eu conto. Alice é o nome que a minha irmã sempre falou que ia ser da filha dela (além de Joana e Ester), mas que eu já pedi autorização para roubar, e ela concedeu (desde que seja madrinha, óbvio). Alice também era o nome da minha bisavó.


Alice é feminino.

Alice é curtinho.

Alice é forte.

Alice é no começo da chamada (sim, eu trago a lembrança de estar sempre no meio, e de ter pena de Vanessas e Verônicas).

Alice é lindo.


E eu não conheço muitas Alices, mas as que conheço são muito legais (Alice Mânica, adoro seus comentários, viu?).


E fico buscando referências.


A Alice no Pais das Maravilhas está virando filme do Tim Burton. E tenho certeza que, como tudo do Tim Burton, vai ser MOITO bacana. Nunca li o livro (o que é uma vergonha), mas o trailer do filme.... já é bastante inspirador.


Ai, numa dessas coincidências que eu prefiro acreditar que sejam sinais, recebi dia desses um email lindo, que me fez querer, se um dia eu tiver uma filha, ter uma Alice. E se tiver duas, uma Maria.


PARA MARIA DA GRAÇA
Paulo Mendes Campos

Agora que chegaste a idade avançada de 15 anos, Maria da Graça, eu te dou este livro: Alice no País das Maravilhas.
Este livro é doido, Maria. Isto é: o sentido dele está em ti.

Escuta: se não descobrires um sentido na loucura acabarás louca. Aprende, pois, logo de saída para a grande vida, a ler esse livro como um simples manual do sentido evidente de todas as coisas, inclusive as loucas. Aprende isso a teu modo, pois te dou umas poucas chaves entre milhares que abrem as portas da realidade.
A realidade, Maria, é louca.
Nem o Papa, ninguém no mundo, pode responder sem pestanejar à pergunta que Alice faz à gatinha: "Fala verdade, Dinah, já comeste um morcego?".
Não te espantes se o mundo amanhecer irreconhecível. Para melhor ou pior, isso acontece muitas vezes por ano. "Quem sou eu no mundo?". Essa indagação perplexa é o lugar comum de cada história de gente. Quantas vezes mais decifrares essa charada, tão estranha em ti mesma como os teus ossos, mais forte ficarás. Não importa qual seja a resposta; o importante é dar ou inventar uma resposta. Ainda que seja mentira.
A sozinhez (esquece essa palavra que eu inventei agora sem querer) é inevitável. Foi o que Alice falou no fundo do poço: "Estou tão cansada de estar aqui sozinha" o importante é que ela conseguiu sair de lá, abrindo a porta. A porta do poço. Só as criaturas humanas (nem mesmo os grandes macacos e os cães amestrados) conseguem abrir uma porta bem fechada, e vice-versa, isto é, fechar uma porta bem aberta.
Somos todos tão bobos. Praticamos uma ação trivial, e temos a presunção petulante de esperar dela grandes conseqüências. Quando Alice comeu o bolo, e não cresceu de tamanho, ficou no maior dos espantos. Apesar de ser isso o que acontece, geralmente, às pessoas que comem bolo.
Maria, há uma sabedoria social ou de bolso; nem toda sabedoria tem de ser grave.
A gente vive errando em relação ao próximo e o jeito é pedir desculpas sete vezes por dia: "Oh, I beg your pardon" pois viver é falar de corda em casa de enforcado. Por isso te digo, para a tua sabedoria de bolso: se gostas de gato, experimenta o ponto de vista do rato. Foi o que o rato perguntou à Alice: "Gostarias de gatos se fosses eu?".
Os homens vivem apostando corrida, Maria. Nos escritórios, nos negócios, na política nacional e internacional, nos clubes, nos bares, nas artes, na literatura, até amigos, até irmãos, até marido e mulher, até namorados, todos vivem apostando corrida. São competições tão confusas, tão cheias de truques, tão desnecessárias, tão fingindo o que não é, tão ridículas muitas vezes, por caminhos tão escondidos, que, quando os atletas chegam exaustos a um ponto, costumam perguntar: "A corrida terminou? Mas quem ganhou?" É bobice, Maria da Graça, disputar uma corrida se a gente não irá saber quem venceu. Se tiveres de ir a algum lugar, não te preocupe a vaidade fatigante de ser a primeira a chegar. Se chegares sempre aonde quiseres, ganhaste.
Disse o ratinho: "Minha história é triste!" Ouvirás isso milhares de vezes. Como ouvirás a terrível variante: "Minha vida daria um romance". Ora, como todas as vidas vividas até o fim são longas e tristes, e como todas as vidas dariam um romance, pois, um romance é só um jeito de contar uma vida, foge, polida, mas energicamente, dos homens e das mulheres que suspiram e dizem: "Minha vida daria um romance!". Sobretudo dos homens. Uns chatos irremediáveis, Maria.
Os milagres sempre acontecem na vida de cada um e na vida de todos. Mas, ao contrário do que se pensa, os melhores e mais fundos milagres não acontecem de repente, mas devagar, muito devagar. Quero dizer o seguinte: a palavra depressão cairá de moda mais cedo ou mais tarde. Como talvez seja mais tarde, prepara-te para a visita do monstro, e não te desespere ao triste pensamento de Alice: "Devo estar diminuindo de novo". Em algum lugar há cogumelos que nos fazem crescer novamente.
E escuta esta parábola perfeita: Alice tinha diminuído tanto de tamanho que tomou um camundongo por um hipopótamo. Isso acontece muito. Mariazinha. Mas não sejamos ingênuos, pois o contrário também acontece. E é um outro escritor inglês que nos fala mais ou menos assim: o camundongo que expulsamos ontem passou a ser um terrível rinoceronte. É isso mesmo. A alma da gente é uma máquina complicada que produz durante a vida uma quantidade de camundongos que parecem hipopótamos e de rinocerontes que parecem camundongos. O jeito é rir no caso da primeira confusão e ficar bem disposto para enfrentar o rinoceronte que entrou nos nossos domínios disfarçados de camundongos. E como tomar o pequeno por grande e o grande por pequeno é sempre muito cômico, nunca devemos perder o humor.
Toda pessoa deve ter três caixas para guardar o humor: uma caixa grande para humor mais ou menos barato que a gente gasta na rua com os outros; uma caixa média para o humor que a gente precisa ter quando está sozinho, para perdoares a ti mesma, para rires de ti mesma; por fim, uma caixinha preciosa, muito escondida, para as grandes ocasiões. Chamo de grandes ocasiões os momentos perigosos em que estamos cheios de dor ou de vaidade, em que sofremos a tentação de achar que fracassamos ou triunfamos, em que nos sentimos umas drogas ou muito bacanas. CUIDADO, Maria, com as grandes ocasiões.
Por fim, mais uma palavra de bolso: às vezes uma pessoa se abandona de tal forma ao sofrimento, com uma tal complacência, que tem medo de não poder sair de lá. A dor tem o seu feitiço, e este se vira contra o enfeitiçado. Por isso Alice, depois de ter chorado um lago, pensava: "Agora serei castigada, afogando-me em minhas próprias lágrimas".
Conclusão: a própria dor deve ter a sua medida: é feio, é imodesto, é vão, é perigoso ultrapassar a fronteira de nossa dor, Maria da Graça.


PS: Obrigada, Tibira, por ter entrado em minha vida com esse recadinho inspirador. Adorei!

Sim, eu já fiquei bonitinha de franja


Entressafra



Nessa entressafra toda, confesso: ando visitando muitos blogs por ai.

Um deles me pegou de jeito. Por falar pouco, e muito. Em outras palavras, por falar muito em poucas linhas.

www.pequenademais.blogspot.com

Recomendo. Estou me reconhecendo lá.

Roubei pra vocês de lá:



E tive uma idéia. O que vocês acham de eu fazer uma série de posts sobre os blogs que eu amo, e que eu acho que vocês vão amar também?



Tradução livre minha: Amar é como tocar piano. Primeiro você aprende usando as regras, depois você precisa esquecer as regras, para tocar com seu coração.

Ainda sobre a chuva...

Mas vocês sabem que fiquei pensando nessa chuvarada?

E lembrei do post das fases que a gente tem, que eu postei aqui, falando do tempo de arar, tempo de colher, tempo de semear, tempo de descansar a terra...Então é bom que eu fique chuvosa um pouco, porque, quando o sol vier, vai ter arco-íris por aqui.


Se meu corpo virasse sol

Hoje acordei nublada.

Porque ontem eu errei com uma coisa que me magoou bastante. E quando eu erro, todos os outros erros ficam me atormentando.

Porque os sapos que eu engulo, coaxam dentro da minha cabeça.

Porque só chove, chove...

Tô querendo virar sol.


O vídeo eu roubei do youtube. E foi feito pela GabyyBR!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Como calcular

Pra quem teve dúvidas sobre a fórmula do post abaixo, o negócio é pegar os centímetros da sua altura (por exemplo, se vc mede, como eu, 1,59m, vc pega o 59) e tira 10, achando seu "peso ideal", que, no caso, seria 49 quilos (59-10=49).
SÓ que não faço ideia se há algum fundamento para a fórmula, ok? Mesmo porque, como algumas já testemunharam nos comentários, em alguns casos seria completamente absurdo pesar o resultado... Ah, e só serve pra pessoas com menos de 2m, óbvio.

Casar engorda



No meu caso, 5 quilos até hoje.

Por isso, depois que descobri que o "certo" é pesar 10 quilos a menos que os centímetros da altura, meu salto mínimo é 12.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Complexo de virilha













Conheço gente que tem complexo de gorda, conheço gente que tem compleo de magra, conheço as que têm complexo de pouco cabelo, as que têm complexo de muito cabelo, as que têm complexo de pé feio, as de perna fina, as de perna grossa, as de quadril muito largo, as de falta de bunda, as de nariz grande, as de orelha de abano, enfim, complexo de mulher é certeza: todas têm pelo menos um, cada uma tem o seu.

Complexas que somos, reparei que nós, mulheres, acabamos caçando chifre em cabeça de cavalo para implicar com coisas que ninguém mais nota. Podemos ficar dias, anos (em casos graves uma vida inteira) sofrendo por detalhes tão irrelevantes para o "conjunto da obra", o todo, muito interessante que compomos.

Ok, eu queria sim ter um corpo bem mais bacana. Eu queria sim um bumbum mais durinho. Mas não é porque ele não é o que eu queria que eu vou deixar que o fato do bumbum estar grande, mole e com celulites impeça todas as outras partes do meu corpo de serem felizes. O bumbum tá grande, a barriga também? Põe um vestidinho por cima de tudo e vai pra piscina, pro churrasco, pra onde quer que seja! Depois, discretamente, acha seu lugar no sol, e se permita curtir um pouco.
Acho um absurdo a gente se resumir a um ponto específico e sacrificar todo o resto. Afinal, qual é a culpa da cintura se vc não gosta da barriga?

De todas as minhas complexidades, as que tenho e as que tive, a pior das fases foi a do complexo de virilha. Não sei explicar, mas virilha é uma parte ingrata do corpo. Você sempre descobre um pelinho que escapou da depilação, às vezes os pelos encravam, as vezes inflamam, às vezes surgem manchas, e, pior que tudo: a gente costuma só descobrir essas faltas quando já está de biquini, em plena luz do sol, e do lado de outra pessoa. A tentação de cutucar é imensa, mas temos que ser fortes.

Reparando muito na minha, comecei a reparar a virilha alheia (o que, por vezes, pode ter sido estranho, verdade), mas, cheguei a clara constatação de que não existe virilha perfeita! E, nas vezes em que ousei puxar esse assunto numa roda feminina, pude constatar, ninguém está absolutamente tranquila com a sua... É isso mesmo!
Mais do que isso, comecei a observar capas de revistas femininas e descobri, extasiada, que ninguém deixa mostrar a virilha na capa de revista nenhuma. Mesmo nas capas dessas revistas mais ousadas, VIP, PLaypoy, Sexy... Já vi por ai muita perna/coxa/bunda estampada em foto que eu tenho certeza que não precisou de retoque, mas duvi-d-o-dó que exista alguma famosa que pose nua e dispense um retoquinho virilhesco.

Do mesmo jeito, por mais que não chegue ao ponto de ser um complexo universal, ninguém está saltitando de felicidade pelo cotovelo que tem. E eu nunca via alguém que realmente se importasse:

- Nossa, menina, meu cotovelo é tão feio! Tô cogitando uma plástica cotovelar...
- Você viu o cotovelo da fulana? Que horrooooooooooooooor!
Por isso, resolvi desencanar: não dá pra ser feliz analisando milimetricamente todas as nossas imperfeições. Mas dá pra ser feliz analisando milimetricamente as nossas perfeições. E elas existem, por mais que a gente não acredite.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Verdade




Consertando a panela de pressão III - A teoria

Voltando às minhas teorias, depois dos posts em que achei graça o velho costume de consertar as panelas de pressão, fiquei pensando sobre isso.

Porque panela de pressão é uma coisa útil, mas todo mundo sabe que é uma coisa perigosa também. Se a pressão não escapa, a panela explode. Se a pressão escapa demais, a comida não cozinha do jeito que era esperado. Então eu penso que, antigamente, quando as panelas estragavam: explodiam ou deixavam de cozinhar, a dona de casa, dona da panela, mandava a panela pra revisão. Trocava uma peça, uma borrachinha, e lá estava a utilidade de volta, pronta para durar bons meses (ou anos)...
E não é só máquina de pressão que era assim. Quem é da minha geração deve ter convivido pelo menos 15 anos com máquinas de lavar que eram do casamento dos pais, e conhecido pelo menos um "moço que conserta a máquina de lavar". Também é possível que tenha conhecido um "moço que conserta a geladeira" e até se lembre, com certa nostalgia, do barulho que as geladeiras antigas faziam, com seu motor que ligava e desligava...
Hoje em dia, ninguém mais conserta panela de pressão, máquina de lavar roupa, nem geladeira, até onde eu vejo. Muitas vezes, é mais barato (e mais prático), comprar uma nova.
O que me parece é que, com relacionamentos acontece a mesma coisa. Namorar, casar, relacionar a longo prazo, não é como ter um micro-ondas, que a gente põe a comida lá dentro e em 1 minuto está pronto. É como ter uma panela de pressão.
A gente (nós e eles, eles e elas) põe dentro dela experiências prévias, expectativas, sonhos.
A gente põe muito do que a gente é, do que a gente quer ser, do que a gente enfrenta. Colocamos na nossa panela de pressão do relacionamento duas pessoas por inteiro, e o estresse do dia-a-dia, os compromissos, as pressões internas (eu quero ser linda, gostosa, bem sucedida e casar, ele quer ser lindo, profissional perfeito, gostoso e ficar solteiro curtindo a vida alucinadamente até os 38 anos) e as pressões externas (vocês não vão casar? nossa, a filha da minha amiga é a chefe principal de uma multinacional no exterior e você ainda na faculdade? mas você ganhou uns quilinhos ou é só impressão minha?)... E vamos cozinhando esse caldo todo, na panela de pressão.
Um dia, como é inevitável, a panela estraga. Ou ela explode, ou ela deixa de cozinhar e a gente logo pensa que seria melhor tirar os nossos ingredientes porque aquela coisa não vai dar em nada mesmo. Até ai, normal, faz parte. Mas a gente não conserta a panela de pressão.
A gente sai, e compra uma nova. A gente desconsidera tudo o que já havia saído dali, todas as receitas que deram certo. A gente nem quer saber se era só uma borrachinha a ser trocada. A gente toma raiva dela ter explodido uma vez, depois de tanto uso, como quem grita: assim, não dá. Ou a gente toma birra dela ter perdido a capacidade de manter a pressão, e encosta a panela.
E nossos relacionamentos-panelas-de-pressão vão sendo substituídos, porque, às vezes, o que a gente busca é o que não existe: uma panela que nunca estrague. E não é só a panela de pressão que a gente passa a evitar.
A gente começa a comprar comida pronta, congelada, que tem a embalagem linda e aquele gosto...huuuuuum, aquele gosto de isopor de sempre. Porque ser feliz, viver e experimentar qualquer coisa gostosa, demanda esforço. Esperar a comida ficar pronta na panela de pressão é demorado. Dá trabalho.
Só que, relacionamentos (talvez como as pobres panelas), merecem ser consertados.
A gente precisa trocar a borrachinha de vez, regular direitinho as coisas. Porque é dali que vai sair a comida boa, da panela velha...por mais bonita que seja a embalagem da comida congelada.

Atendendo a pedidos

Atendendo a pedidos, decidi mostrar a foto do desastre. Para ser bem realista, deixei o cabelo secar ao natural e pedi ao outro advogado aqui do escritório para tirar a foto (com a máquina normal). Sem retoques...

Com vocês, a verdade nua e crua!
Depois dessa, vou mudar o nome do blog. Bonitona não se aplica mais. E nem encalhada! rsrsrsrssr



segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Resumo da tragédia



Cheguei na cabelereira disposta a mudar. Sabe quando deu aquela enjoada da cara? Então.




Pra não ter erro, levei uma foto de modelo:




Sai mais parecendo outra foto que vi na internet:








Porque o rosto faz toda a diferença...




Mas é bom que cabelo cresce, né?

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Intimidades e Lingeries

Dentre os preparativos do casamento, ocupa espaço importante um detalhe que passa completamente despercebido para a totalidade dos convidados (se tudo der certo): a lingerie da noite de núpcias. Porém, como tudo que envolve o grande dia, este é (mais) um item de estresse para a noivinha.

Apesar de a noite de núpcias estar quase em desuso, seja pelo fato de que vários casamentos já estão mais que consumados antes da fatídica noite, seja porque, de tanto aproveitar a festa, os noivos terão, no máximo, uma manhã-do-dia-seguinte-de-núpcias, fato é que as noivas deveriam relaxar. Só que, elas não relaxam e acabam fazendo uma super produção de roupa íntima, quase proporcional ao vestido.
A verdade é que não conheço mulher que não ache lindo, sexy e irresistível uma lingerie especial, para dias especiais. Sabe aquelas coisas de filme, cheias de rendas, lacinhos, colchetes e frufrus? Aquilo. Cinta-liga então, não pode faltar!
Só que estas lingeries super sexies e elaboradas tendem a, como todas as coisas sexies e elaboradas, trazer uma certa dose de desconforto, e eu também não conheço uma mulher sequer que consiga usar as tais lingeries por doze horas consecutivas (considerando a hora que você começa a se vestir até a hora em que, finalmente, poderá se despir). Nesse caso, a lingerie “matadora” pode acabar voltando-se contra você. Porque, vamos concordar numa coisa, é muito diferente escolher uma lingerie sexy para um jantar e escolher uma lingerie sexy para o seu casamento. Vejamos as diferenças.
No dia de um jantar, você vai começar a se arrumar, no máximo, uma hora e meia antes, colocar uma blusa ou vestido fácil de ser removida, entrar no carro, sair do carro, sentar no restaurante, comer – pouco, de preferência, beber – pouco, de preferência, e voltar pra casa, onde todo o resto fica por sua conta e do bonitão que te acompanha.
Já no dia do casamento, você vai: acordar, ficar ansiosa, vestir a lingerie mais de cinco horas antes do começo da cerimônia, ir para o salão com a lingerie – já entrando no seu bumbum, vestir o vestido, participar da cerimônia, ficar em pé o tempo todo – já sentindo o silicone da meia 7/8 que está presa com o colchete da cinta-liga suar e começar a tentar por a meia no lugar, não conseguir e começar a ter uma preocupação a mais. Depois da festa, provavelmente, o noivo dormirá enquanto tentar desabotoar, um a um os 127 colchetes do corpete de renda e seda que você escolheu com tanto amor, uma vez que ele já desabotoou os 214 botõezinhos do vestido, reclamando que a cabeça dele está rodando e que você não deixa ele simplesmente rasgar tudo, porque, afinal, é a sua lingerie mais cara e ele não pode destruir o vestido de noiva! Ai, ele dorme, vocês brigam e pronto. Noite de núpcias por água abaixo...
Portanto, minha sugestão singela é usar a melhor calcinha que você tenha, a mais confortável de todas, que te dê liberdades de movimentos e te deixe completamente a vontade para curtir tudo do casamento, do começo ao fim. Ai, minutos antes de irem para o hotel, ou para o lugar da noite de núpcias, você pede para ir ao banheiro e, com a ajuda pré-combinada de alguém, troca a lingerie feinha, pela lindona, limpinha e sexy...O marido não precisa saber dessas intimidades.

Outra dica importante: não complique o kit com itens que seu amado, embriagado, não vá se lembrar ou cujo funcionamento ele não consiga entender. Calcinha linda, sutiã idem e... sejam felizes para sempre!
Texto da edição nº 3 da revista Arte Noivas - www.revistaartenoivas.com.br

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Consertando panelas de pressão II

Aliás, quando eu era criança, consertar panela de pressão devia ser uma coisa muuuuuito necessária, já que outra loja se preocupou em incluir o serviço no jingle... E vem daí o inesquecível hit, das lojas Lua de Mel!!!
Agora, cá entre nós, que nominho mais inadequado pra uma loja que conserta panela de pressão! Por algum acaso, alguém quer saber de panela justamente na lua de mel?
Enfim, para os saudosistas, again!



A vida da dona de casa

Quando eu era pequena, aqui em BH, era veiculada uma propaganda de uma loja chamada "Minas Fogões" que, entre outras coisas, consertava panelas de pressão.
Hoje em dia, pelo que já descobri em minhas aventuras na minha própria casa (que ainda não é a casa própria), não se usa mais isso, de consertar panela de pressão... Mas a vida da dona de casa, como bem dizia o jingle, é uma luta danada!!!
Não consegui achar o video original, da propaganda, mas achei essa turma saudosista cantando o "hit"...e estou mandando pra vocês! Minha "melô"!


terça-feira, 22 de setembro de 2009

Fôlego!

Tem dias, como hoje, que entro no escritório as oito e só levanto as seis. Sem parar pra comer, beber. Só xixi de vez em quando.

E, atolada no trabalho, olho para o dia (eu nunca fecho as cortinas) e vejo um sol tão lindo, uma tarde tão gostosa, que fico me sentindo na obrigação de fugir correndo. Nesses dias, tenho aberto esse clipe:





Ai, vendo essas imagens, me dá uma saudade dessa viagem (que eu não fiz),e de todas as outras que eu fiz, meu coração se enche de leveza e eu tomo fôlego pra continuar encarando o computador...

Então, decidi compartilhar com vocês essa minha receita para que o sol invada nossas tardes de terça no escritório!

Beijocas!!!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Unchained Melody

And time goes by so slowly, and time can do so much... I need your love...

Ai, gente! Agora entrei numa vibe tristinha...e não quis por o nome desse post de Ghost pq achei que ia ficar parecendo piada de humor negro...

Mas, novamente, nossas homenagens ao Patrick. Duas cenas inesquecívesi, né?


Patrick Swayze

Para além do Ghost, a dancinha de Patrick Swayze no fim de Dirty Dancing é um hit de dancinhas de casamento. Descobri isso no youtube, quando estava pesquisando para a minha.
Confesso: até eu cogitei, mas fui veemente vetada pelo parceiro que não queria ensaiar nada. E que se negou a ajoelhar e dar esses tremeliques que eu acho tudooooooo. E a me segurar se eu pulasse nele. E a passar aquela mãozinha do lado, no maior charme.
E o moço era muito sexy, muito charmoso. E a dança, era tudo de lindo no mundo...
Mas um dia, eu ainda danço. E faço os padrinhos dançarem junto, essa parte de estalar os dedinhos e vir andando par me buscar no palco. Danço pelo Patrick e por todas as bonitonas que, como eu, cresceram vendo Dirty Dancing na sessão da tarde!
Por isso, minha sincera homenagem e de todas essas pessoas que se inspiraram nele para a dança mais romântica de suas vidas! E nosso agradecimento pela cena inesquecível e pela pitada de sonho e romatismo que ele imortalizou.
"Cause I, have, the time of my life, and I never felt this way before...and I say, it is true, and I own it all to you!!!"









A cena do filme eu não consegui roubar do youtube, mas quem quiser ver é só clicar: http://www.youtube.com/watch?v=WpmILPAcRQo

Beijos, bonitonas!

Porque antes de ser noiva, eu também já fui daminha...


quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Xarás

Foi só roubar um post par criatividade vir. E chegou chutando a porta e dizendo:

- Que ideia foi essa de falar que tá sem ideia? Pirou, cabeçuda?

E veio assim a ideia que eu tive ontem, mas que tinha esquecido.

"Caminho das Índias" acabou de acabar e eu, noveleira assumida que sou, fui correndo procurar saber se o Manoel Carlos criou, além de outra Helena, outra Laura.

É que, entre tantas coisas que podem me ocupar a cabeça, tenho desde a infância o temor (e a antipatia) inconfessos dessas xarás televisivas e fictícias que me arrumam.

E essa história de Helenas e Lauras já vai longe, ao que eu me lembre começando por Carrossel. Sim, se você também tem entre 23 e 30 anos, deve saber do que eu estou falando...Da professora Helena e de uma Laura que, comendo sem parar, não se cansava de suspirar: "isso é tão romântico"...


Assim, não que eu tenha preconceito, mas eu achava a Valéria o máximo! (Ainda mais com aqueles óculos enormes...enquanto eu, à época, sonhava usar óculos, aparelho e quebrar o pé ou o braço, mas nada disso aconteceu)... Esse é outro tópico, para outro post (olha a criatividade ai, gente!): Só eu sonhava usar gesso na infância? (Ok, confesso, ainda hoje eu tenho vontade de quebrar alguma coisa... Alguma coisa que conserte com gesso e não a cara nem o coração, de preferência).


Depois dessa Laura (não sei se cronologicamente depois, mas depois nas minhas memórias) criaram a "Laurinha Figueiroa", que, interpretada pela Glória Menezes, era a vilã de "Rainha da Sucata"... Sim, aquela novela que uma enceradeira ficava dançando ao som contagiante de Sidney Magal: ô, eôeô!!!



Menos grave, já que meus coleguinhas assistiam bem menos "Rainha da Sucata" que "Carossel", mas o bordão "coisas de Laurinha" me acompanha até hoje.

Depois, ao que me lembre, veio uma odiável Laura de "Por Amor", venhamos e convenhamos muito mais bacana (como personagem e pela interpretação da Viviane Pasmanter) que a Maria Eduarda (da Gabriela Duarte) e sua lacrimosa mãe, Helena (de Regina Duarte), mas, indiscutivelmente INSUPORTÁVEL.



Na sequência, em Celebridade, também arranjaram uma odiável Laura (mais uma vez muito bem interpretada, pela Cláudia Abreu), que ganhou a alcunha de cachorra. Ai, eu estava em uma festa junina dessas que tem aqui nas redondezas de BH, no meio da boate, e o Dj, suuuuper bacana, resolve falar:



- A próxima música é pra você, Laura...

Eu parei, estática:

- Pra mim?? (já pensando num paquera super romântico que quisesse me assediar, uma coisa quase como aquela cena de "Dez Coisas que Odeio em Você", quando o mocinho vem cantando "you just to good to be true, I can't take my eyes off of you..."

Mas ele continuou:

- Cachooooooorra! (antes de soltar a música tema da personagem na novela, que era aquela dos Rolling Stones: please to meet you! lalalalalalalala...)

Quase afundei no chão no meio das risadas das minhas amigas, mas, enfim, quando me surgiu uma Laura protagonista, ela era meio songa monga (novela das seis rural, sabe como é...) e responsável por desvirtuar o padre da cidade...Nem pra ser uma Laura assim, mais ou menos Helena, perfeita...




Por que as Lauras de novela, costumam ser um poço de imperfeições: ciumentas demais, ambiciosas demais, apaixonadas demais, vulgares demais, uma exacerbação dos sentimentos e das humanidades que nos são intrínsecas... Já as Helenas... s Helenas de Manoel Carlos são tão perfeitas, mas tãaaaaaaaao perfeitas... que costumam ser mais chatas que as Lauras.

E vai dai que eu criei meu blog e fiquei sem saber com que nome eu assinaria. Não sabia se devia por meu sobrenome real, se devia inventar um apelido completo, e sem pensar no Manoel Carlos, mas lembrando-me do Rafael, meu amigo, que há muito me chama da Laura Helena, sem qualquer fundamento, pensei em colocar Helena. Helena Henriques.

Só que o primeiro post era tão ligado ao Laura...tasquei um Laura H. De Laura Henriques, de Laura Helena.

E hoje, verificando o indice de personagens da novela, suspirei aliviada por não me deparar com nenhuma xará. Pensando que, muitas vezes, sou tão igual as minhas Lauras xarás: um poço de imperfeições. Pensando que me esforço pra ser um pouquinho, um H de Helena, um poço de perfeição. Laura H.

Enquanto a inspiração não vem...

...Vou roubando posts que me traduzem aqui e acolá...

esse eu achei num blog muito legal (www.blogdas30pessoas.blogspot.com) de que uma amiga minha, também, muito legal (www.nomeiodemim.blogspot.com) faz parte.

Adorei essa moça. E vocês?

Quinta-feira, 17 de Setembro de 2009

Chuveirada
Algumas das melhores decisões da minha vida foram tomadas no banho. Parece uma coisa muito estranha a se dizer, mas é só com a água caindo sobre a minha cabeça que ela esfria. Não literalmente, porque eu só tomo banho morno. E é no processo de limpeza do corpo que eu clareio a mente. E vejo tudo mais clara+mente.Muita gente canta, mas no chuveiro eu preciso falar. Converso, tagarelo, falo sozinha até dizer chega. Desabafo, conto meus problemas ao box e à saboneteira e assim espanto os meus fantasmas diários. Imagino soluções, ensaio contar histórias. (Na adolescência eram até tentativas de declaração de amor. Nunca concretizadas).Eu não sei qual é a mágica do banho, mas sinto que minhas melhores ideias nasceram ali. De inspirações a divagações e, mais recentemente, resoluções para a vida toda. Foi depois de um banho quente e demorado que eu decidi fazer vestibular pra Letras, um dia antes do fim das inscrições. Foi em alguns banhos que tomei que tomei (repetição proposital) a decisão de colocar um ponto final nos relacionamentos e pingos nos iis no que me incomodava. Depois de um banho eu decidi fazer aulas de italiano e estou precisando de mais umas cinco chuveiradas de coragem para conseguir retomar. Quem dera se na vida tudo se resolvesse com água e espuma.
- Você aceita o emprego?
- Quer casar comigo?
- Podemos começar a plástica?
Só um pouquinho. Vou tomar banho e já te digo.
Postado por Tatiana Lazzarotto às 00:10
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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

As fases que a gente tem

por Thais Henriques

As fases que a gente tem‏
De: Thaís Henriques
Enviada: quarta-feira, 9 de setembro de 2009 3:02:27
Para: bonitonaencalhada
@hotmail.com

Oi, Amorzinha!

Estava pensando nas nossas conversas de caminho de aeroporto e acho que a gente tem alguns períodos de "entre safras".
São aqueles períodos em que a gente prepara a terra, deixa ela descansar um pouco enquanto prepara para a nova temporada do plantio. E, como a gente bem sabe, pra terra não se esgotar e o solo não se tornar infértil, a gente fará, na próxima temporada uma rotação de culturas. Novas sementes serão plantadas, a plantação vai exigir de nós outro tipo de preparo, outros tipos de nutrientes, outros tipos de energia, para crescer forte e bonita, para dar os frutos que a gente espera.
Mas há que se ter muita paciência.
Deixa a terra descansar com calma.
Em breve, sei que os trabalhos recomeçarão e com certeza em pouco tempo teremos novos frutos para colher!!!Te amo muito, muito, muito!Não se angustie... Você é a mesma Laurinha de sempre... Só está repondo as energias! Tenho muita certeza disso!
Beijos
Tatá
Quem me mandou este email hoje foi a melhor irmã do mundo que, no caso, é a minha!E a mulher de fases aqui ficou tão emocionada que decidiu dividir este email lindo com outras bonitonas encalhadas que possam estar precisando dele hoje!

PS: O livro do post de ontem chama "A Deusa Interior" mesmo, e os autores são Jennifer Barker Woolger e Roger J. Woolger!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

A Deusa interior

Dia desses, conversa vai, conversa vem, eu super estressada com coisas de trabalho, e eis que uma amiga minha me solta:



- Isso ai é a Atena interior que está fazendo...



Eu, que NEM gosto de uma teoriazinha sobre comportamento feminino, e que também QUASE não sou curiosa, não me contive:



- quemmmmmmmm?



- A sua Atena interior...É que minha psicóloga me deu um livro pra ler, que se chama "A Deusa Interior" e, em linhas gerais, fala que o "ser mulher" pode serrepresentado por seis figuras mitólogicas que, na verdade, compõem a totalidade do feminino. Cada "deusa" tem suas características e, como todas elas, pela tese do livro coabitam nossa personalidade, é legal a gente saber identificar as Deusas e ter todas em equilíbrio...


De cara, interessei...


- E quem são essas Deusas?


- Atena, Artemis, Hera, Demeter, Persefone e Afrodite.


Pra quem tem uma noção remota de mitologia, como é meu caso, não adiantou muito. Tirando Hera e Afrodite, eu nunca tinha ouvido falar de nenhuma das outras (ou, pelo menos, não me lembrava)... Coitada da amiga... praticamente teve que me dar um curso básico sobre a tal psicologia das Deusas, e, agora, ainda está de plantão para as dúvidas que me assaltam repentinamente. Comprei o livro e, preciso confessar, é muuuuuito chato de ler, mas é muito interessante de aplicar.


Sabe uma coisa que define tudo em vez de você ter que ficar explicando? Então, é isso...prático demais. Porque se tem uma coisa que eu gosto é de simplificar. Mais ou menos como quando a gente não sabe o nome de alguém ou de alguma coisa e fica tendo que descrever, por exemplo: "sabe aquela atriz, que fez aquela novela, em que ela era mãe da fulana, amiga da beltrana, aqueeeeeeeeeela que foi miss, casou com outro ator na vida real, já foi a Helena do Manoel Carlos..." e alguém chega e diz: sei, a Vera Fischer?


Então, o livro funcionou exatamente assim para mim, mas com sentimentos.


- Agora, eu acordo e já aviso: gente, hoje aconteceu uma coisa tãaaaaaaaao Perséfone!


E você, que ainda não leu o livro, não sabe que Perséfone é deusa do mundo místico, avernal, das coisas espirituais e ocultas, mas, quem leu, já sabe que vai esperar um caso assim, de uma mega coincidência, de uma pessoa (eu!, inspirada por minha Perséfone interior) que vê sentido em coisas aparentemente sem muita conexão, que "sente" que aquele olhar trocado disse mais que mil palavras, que vê as segundas, terceiras, quartas e quintas intenções...


Obviamente, como não poderia deixar de ser, o livro tem um teste, que se chama "Roda das Deusas", pra gente ver as características que predominam em nossa personalidade naquele momento... (olha, eu até achei na internet, mas não sei se acho muito ético divulgar aqui...quem interessar, é facinho de achar, viu?)


Cada deusa tem sua lição (o que ela tem a ensinar pras outras, sua virtude) e sua chaga (que é seu defeito). Então, se a nossa personalidade fica muito desviada para um lado, a gente vai sofreeeeeeeeeer a chaga daquela Deusa... Por isso, no fim das contas, a lição mais bacana do livro é essa: equilíbrio é tudo!


Agora um efeito reverso é que a gente fica meio psicopata, e começa a catalogar as pessoas a nossa volta. Pra quem acredita em signos (do zodíaco), é meio aquele hábito de falar: fulana é tão escorpiana...super vingativa! Só que, na versão deusas, fica assim: ai ào tô aguentando as afroditices de beltrana!
Só que, ao contrário dos signos, a gente não É nada, mas ao mesmo tempo, a gente é tudo, ao mesmo tempo. Acho isso muito legal, perceber que, dentro de nós temos todo o potencial do mundo! Para sermos o que tivermos que ser, e o que quisermos ser também...
Enfim, nesses dias em que estou procurando assunto, lendo muito, pensando muito, às vezes acabo achando! Ufs!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Aniversário e procura-se


Ontem este blog fez um ano. Tomei um susto!

E eu quase não acreditei que, em 1 ano, eu, ele e todas as bonitonas e bonitões que estão sempre por aqui passamos por tanta coisa.

É só a vida, que me diz, mais uma vez:

- Encara essa bonitona...quem diria, hein? Você não esperava tanta coisa boa e tanta coisa nova em um ano... Você não esperava TANTA coisa, né?

E eu fico pensando que isso não deve ser só pra mim.

Quantas reviravoltas a vida de cada um dá em um ano? Em um mês? Em um dia? Em um olhar?

Quantas vezes você acorda com um sol lindo e termina o dia esperando a tempestade passar pra poder por o pé na rua? E quantas vezes sai numa tempestade e, de repente, se vê tomando sorvete pra abrandar o calor? Quantas vezes a gente sente que não devia ter dito uma palavra? Ou que devia ter dito outras tantas? Quantas vezes um telefonema inesperado muda tudo?

Tantas coisas que não controlamos. E eu, que sou sistemática-organizada-ansiosa-neurótica fico percebendo que é tão inútil ser assim. Que a vida é sempre mais criativa que a ficção. Ainda bem, né?

Ainda estou a procura da nova meta.
E de sonhá-la dentro e apesar das voltas e reviravoltas da vida.