Outro dia, estava conversando com umas conhecidas, umas noivas, outras não, e ouvi a seguinte frase:
- ...mas antes de saber quem ia ser o noivo eu já sonhava com o meu vestido de casamento!
Achei inusitado. Antes de saber quem seria o noivo, ela já sabia como seria o vestido. Logo, o noivo não faz diferença, mas o vestido? Faz toda a diferença.
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Eu adoro novela. Sempre gostei. Só que, de uns tempos prá cá, tenho ficado menos disponível para esse tipo de entretenimento. Antes da estréia da nova novela das oito, estava completamente sem paciência para ela. Esse negócio dos indianos, aquela latomia de música na minha cabeça, nada me agradava. Sem computar o fato de ser praticamente uma versão de O Clone...
Só que, um dia assisti um pouquinho, no outro dia outro pouquinho, e acabei assistindo. E gostando. Agora indico: melhor programa de humor da TV brasileira.
Ver o Tony Ramos e o Caio Blat, saracoteantes no meio da sala de jantar da família indiana que eles representam como se fosse a coisa mais banal do mundo: não tem preço. E ai, quando eu estava achando que nenhuma informação teria maiores proporções para este blog, já que o desencalhamento de Jade, ops!, Maya é iminente (e só a pobre e sofrida Duda permaneceria bonitona encalhada), eis que Glória Perez me presenteia com uma novidade das Índias.
Ao ler o mapa astral de Jade, ops!, Maya, o guru brâmane mais engraçado do Brasil, descobre que ela é amaldiçoada para o amor e que, por isso, está fadada a tornar infeliz seu futuro marido. Só que ele logo dá a solução:
- Vamos casá-la com uma árvore. - disse isso com a cara mais séria do mundo, e ai citou vários exemplos de parentes casados com cães, colinas, lagos...um primor.
Enxuguei as lágrimas após a crise de riso que me acometeu e pensei:
- Gente! Se eu soubesse que isso era uma possibilidade...eu já podia ter desencalhado!
Não demorou muito pra eu me lembrar da noiva que não importava com quem fosse o noivo e começar a criar, na minha mente meio inventiva, as opções matrimoniais para todas as bonitonas realmente encalhadas e que, como eu, realmente gostariam de um casamento com todos os opcionais.
Como tudo que é moda na novela das oito pega, ainda mais se a Juliana Paes faz, já começo a vislumbrar...
Imagina, você casada com um jatobá. Se fosse o do "Rei do Gado" (era jatobá mesmo?), hein, hein? Afoita e, porque não dizer, empolgada, pesquisei na internet. O nome científico do jatobá:
Hymenaea courbaril. Imagina o glamour: Senhora Courbaril? Parece nome da Madame. Madame Courbaril...quase uma Madame Bovary!
Muitas vantagens tem esse negócio de casar com árvore.
Pra começar, não tem sogra. Olha, a minha sogra não é um problema, mas via de regra as sogras são m problema (ou vários), a minha sogra é que foge à regra...
Em segundo lugar, você não teria convidados que não fossem os seus, e os seus convidados compreenderiam que seu sonho de casar é tipo aquele lema "fazer o bem sem olhar a quem"...
Além disso, não deve ser tão dificil convencer uma árvore a se casar com você, não é mesmo?
Ou seja: se o casamento for um fim em si próprio, a ponto de você saber o vestido ainda que não haja sequer marido em tese, seus problemas se acabaram-se.
E o filão? Bonitonas, em tempo de crise, vou abrir uma agência matrimonial de árvores.
Crio mudinhas desde a mais tenra época, garantindo a alimentação cem por cento orgânica, um marido saudável...
É claro que já se pode antever as espécies mais procuradas: eu, por exemplo, certamente preferiria um carvalho que uma aroeira (espécies com nome feminino, estão predestinadas ao encalhamento). Fato: até as árvores podem ser bonitonas encalhadas... Além disso, árvores frutíferas devem ser mais valorizadas, já que elas poderão prover a alimentação da esposa.
Aqui, em Belo Horizonte, cada criança que é registrada nos cartórios ganha uma árvore em um dos parques da cidade. Só agora me dei conta de quão progressista é essa iniciativa. Olha só o prefeito cuidando do meio ambiente e garantindo o desencalhamento das futuras bonitonas com uma simples mudinha!
Enfim, para as que pensam no vestido independente do marido, acho que podem começar a considerar os coqueiros, pinheiros e outras variáveis.
Para as que buscam um grande amor, ou, pelo menos, desencalhar de um jeito mais convencional, quem sabe Glória Perez não providencia uma nova sugestão? Ou, quem sabe ainda, na próxima novela das oito?
PS: Na novela das sete, o Xande (alguém avisa que está de doer a interpretação do moço?) quer porque quer fazer a Suzana casar com ele sequestrando-a e mantendo-a em cativeiro. Por mais desesperada e encalhada que vc esteja, é meu dever não recomendar esse tipo de tentativa. Blog também é não violência!
8 comentários:
Ahahahahahhaha!!
Acho que vou começar a dar umas voltas pelo Jardim Botânico!
Vc poderia promover um mutirão de casamento com árvores com intuito do desencalhamento de todas nós. Assim, viveríamos todas felizes para sempre...
Já pensou que luxo? A gente combina de ir a um parque bacana (pensei no Ibirapuera, nos de Curitiba ou mesmo no parque Municipal de Belo Horizonte mesmo) e promove o evento...cada uma abraçada com a sua árvore!!! Quem sabe depois o evento não se espalha? Um casamento coletivo no Central Park! hahahahahahhahaha! Bjos
Tinhas que incluir o teu ódio mortal pelo Xande no post, hahaha! Eu já fui influenciada por ti e sempre que ele aperece eu reclamo!
e que tal o argumento de que se ela casar antes com a árvore ela nunca vai ser uma viúva, mesmo se o marido morrer??? humor de primeira mesmo!! :)
Adorei a idéia do casamento coletivo no Central Park!!!! É MARA!!!Depois de Fortaleza (e o episódio do buquê roubado...bua...bua...)achei que eu fosse morrer encalhada, mas agora meus problemas acabaram...
Podemos organizar uma excursão para NY.
bjs
Cris
hahahahaha Laura, vc se supera! Eu tb não estava acompanhandp a novela, mas a minha irmã ( que já desencalhou) me disse para eu não perder, pq era, no mínimo, engraçada! Bem que outro dia , no meio de uma caminhada, me deu uma vontade louca de abraçar uma árvore qdo passei por ela? Deve ter sido amor à primeira vista! KKKKKK beijoss!!
Eu, respeitando a biodiversidade do meu Estado, vou me casar com um pé de pequi. Tudo bem que ele tem um tronco torto, mas e daí, quantas mulheres não casaram com homens tortos e viveram felizes (ou nem tanto), com os seus casamentos tortos.
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