Os homens costumam dizer que as mulheres são fofoqueiras, e não acho que estejam totalmente errados. Só não acho que fofocar seja algo necessariamente pejorativo. Fofocar, para mim, é falar bobagem, contar casos e, de vez em quando, fazer pequenas críticas construtivas a respeito de algumas coisas/pessoas. Ninguém precisa sair por ai falando mal de ninguém, inventando coisas sobre pessoas. Acho uma bobagem os homens ficarem criticando as horas intermináveis de conversa entre amigas. É nossa hora de trocar experiências, rir, descontrair e aprender com os erros umas das outras.
Aproveito esse mini-tema pra perguntar: existe hora melhor de uma fofoca express do que a hora de ir ao banheiro em festa? Obviamente, como ninguém fofoca sozinha, sempre precisamos de uma amiga: pra ver se o batom está bom, se a calcinha está marcando, se o bonitão da outra mesa está mesmo te encarando, se a entonação de uma determinada frase foi a mesma que você achou que fosse...enfim, para resolver pequenas angústias e te liberar para ser feliz nos eventos.
Após essa breve divagação, e, como sou muito fofoqueira e não vou torturar ninguém, vamos fingir que o post de hoje é uma idinha ao banheiro feminino e ir logo ao que interessa: fofoquinhas de felicidade.
O casamento foi muito esperado. Muito mesmo. Inclusive, foi o do noivo com apendicite súbita. O da igreja de paralelepípedos. O do dia da chuva que, aliás, deu o ar da sua graça (quer dizer, deu a água da sua graça, porque poucas vezes na vida vi tanta água caindo). Só que esse foi o único porém (que nem chegou a ser um porém de verdade). Um casamento sem senão, sem ressalvas, sem defeitos.
Sinceramente, acho que Deus, em toda sua plenitude, sabedoria e bondade, ao mandar aquele chuvaréu todo, quis dar um puxão na orelha das mães (da noiva e do noivo) pra elas lembrarem que Ele é quem faz coisas perfeitas. Um pito de Pai, sabe? Como quem diz: olha só, vocês duas tem que lembrar que quem manda aqui sou Eu! Então, na parte dele, mandou uma tempestade que atrapalhou o trânsito, mas que, nem de longe, ameaçou tirar o brilho da festa, nem dos olhos dos noivos, nem de quem estava ali, participando daquele momento com eles.
Pode ser também, na minha interpretação, que Deus estivesse emocionado com aquela lindeza toda (porque eu, pessoalmente, estava à flor da pele, de tanta alegria) e não conseguiu conter as lágrimas. Obviamente, as lágrimas divinas devem ser algo grandes e volumosas, e daí por que tanta chuva. Entretanto, a chuva foi o de menos e não merece mais do que dois parágrafos dessa história.
Uma das vantagens de ser madrinha é que você pode ser várias vezes, sem perder nunca a emoção do momento. Ninguém pode casar na Igreja Católica Apostólica Romana mais de uma vez, mas não há restrições numéricas para ser madrinha, e eu sempre acho muito especial, principalmente sendo bonitona encalhada, confesso: adoooooro entrar (ou sair) na igreja pelo tapete vermelho.
Outra das vantagens de ser madrinha bonitona encalhada é que a gente pode investir tudo em nós mesmas. Sem marido, filhos, despesas significativas, podemos sonhar com o vestido, com o cabelo, a maquiagem, e ficar lindas como a noiva merece que a gente esteja.
Agora: sendo eu quem sou, um pé na breguice, outro no encalhamento, mesmo quando dou o meu melhor, corro riscos.
Dessa vez, não podia ser diferente.
O vestido foi escolhido com antecedência. Pedi autorização em três vias pra poder ir de preto (pra quem não sabe, há restrições ao uso de preto por madrinhas). Investi pesado no make, nos acessórios, no cabelo. Planejamento e logística profissionais. Chegando na igreja, estava radiante, quando, de repente, vejo outra madrinha. Com o mesmo vestido que eu.
Sou contra colocar fotos minhas no blog, mas esse caso merece a exceção.
Nunca tinha passado por isso na vida, mas, como dizem por aí, tudo tem uma primeira vez. E, como também dizem: a primeira festa de vestido clone a gente nunca esquece. Pronto, já senti que o casamento prometia.
Na hora, a primeira coisa que me veio à mente foi: tanto homem com terno igual aqui, ninguém acha estranho. Agora, eu, vou ser vítima de mil olhares e comentários. Mulher sofre, viu?
Passado o choque inicial, a vontade de sair correndo e ir em casa trocar de roupa, cogitei pedir ao cerimonial que nos deixassem entrar como damas de honra adultas. Afinal, as duas são solteiras e está super na moda usar amigas como damas. Depois, me ocorreu que poderia causar danos emocionais irreversíveis às daminhas que já estavam a postos, e desisti da idéia.
Logo em seguida, decidi sair espalhando pela festa que a noiva havia eleito duas super-madrinas tipo umas madrinhas "vip" que deveriam usar aquele vestido. Quem sabe dizer que nós duas estavámos nos Estados Unidos recentemente e que tínhamos achado que era pra irmos iguais...Também desisti para não indispor a noiva com as demais madrinhas.
Sem saída, decidi deixar prá lá. Rir. Abstrair. Pensei: adoro minha madrinha-gêmea; será um ótimo tema para o blog; nosso vestido é lindo de morrer, e eu estou pagando-o em sete suadas prestações, o que significa que pretendo usá-lo novamente e, quem sabe, encontrar outras bonitonas encalhadas circulando com ele por ai.
Enfim, decidi não me importar com coisas que, na verdade, não importam. Decidi ser feliz naquela noite tão esperada, tão sonhada, tão perfeita. Melhor, decidi ser feliz. Ser feliz, é sempre uma opção. E a minha opção, é ser feliz sempre.
Acima, a madrinha bonitona encalhada e Cacá, no dia dela, de conto de fadas, que merece a legenda: "e serão felizes para sempre".
5 comentários:
Oi! É preciso haver mta coincidência mesmo para as duas irem iguais ao casamento. Ainda bem que a cor não era a mesma! Você estava linda, mto bonito o vestido! Bjos
Aeeeeee! Parabéns
Difícil você ser bonitona, viu? Tá mais pra feinha.
è, eu sei que to mais pra feinha mesmo...mas a propaganda é a alma do negócio! kkkkkkkkkkk. Laura
necessario verificar:)
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